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Opositores de Netanyahu formam governo com apoio de partido árabe
O Antagonista
Opositores de Netanyahu formam governo com apoio de partido árabe

Pela primeira vez em doze anos, Israel terá um governo que não terá Benjamin Netanyahu como primeiro-ministro. Pela primeira vez na história, Israel terá um governo apoiado por um partido árabe.

Nesta quarta, 2, os opositores Yair Lapid (à esquerda na foto), Naftali Bennett (ao centro) e Mansour Abbas, do Lista Árabe Unida (à direita), concordaram em formar um governo de coalizão. Durante a noite, Lapid comunicou o presidente israelense, Reuven Rivlin, que conta com apoio suficiente para formar um governo.

Somando o número de representantes de todos os partidos que aceitaram participar da empreitada política, eles terão mais de 61 dos 120 deputados do Parlamento.

A votação no Parlamento deve ocorrer na próxima semana. Netanyahu, então, terá de ceder a vez a Naftali Bennett, seu antigo aliado. Dois anos depois, Bennett será substituído por Lapid no cargo de primeiro-ministro.

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A participação do dentista árabe Mansour Abbas na ampla coalizão só foi confirmada faltando duas horas para esgotar o prazo final. O gesto marca um histórico afastamento de grupos palestinos, como o terrorista Hamas, que governa a Faixa de Gaza e em maio envolveu-se em um conflito bélico com Israel.

Mansour Abbas quer proteger os interesses dos árabes-israelenses em vez de ficar preso na retórica anti-Israel. Nos seus discursos recentes, a bandeira da Palestina deixou de tremular, e Abbas passou a dizer que estava disposto a contribuir e fazer coisas melhores para todos, tanto para árabes como para judeus “, diz o cientista político André Lajst, da ONG StandWithUs. “ Com isso, ele ganhou confiança entre os demais partidos e passou a ser procurado. Seu apoio foi decisivo. Sem ele, não seria possível formar o governo.”

Cerca de 20% da população de Israel é da etnia árabe. Os eleitores de Abbas estão entre eles. Os palestinos são os árabes que vivem nos territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Eles estão sob o governo da Autoridade Palestina e do Hamas, respectivamente, e não têm cidadania israelense.

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