Nesta sexta-feira (19), as autoridades da Turquia acusaram a guarda costeira grega de terem matado pelo menos três migrantes jogando-os no mar com as mãos amarradas, afirmando que conseguiram resgatar outros três ainda com vida. As acusações foram desmentidas por Atenas, capital da Grécia . As informações são da agência de notícias AFP .
"Na noite passada, membros da guarda costeira grega agrediram sete migrantes, roubaram seus pertences e algemaram suas mãos antes de jogá-los no mar sem colete salva-vidas ou barco de resgate. Eles os abandonaram à própria sorte", disse o ministro turco do Interior, Suleyman Soylu, nas redes sociais. "Os trabalhos de buscas continuam para encontrar a última pessoa desaparecida", afirmaram em comunicado.
O ministro divulgou o vídeo de um homem, que se apresenta como um dos sobreviventes, e explica que o grupo de migrantes do qual fazia parte foi detido pelas autoridades gregas na quinta-feira (18), quando estavam perto da ilha de Quíos, após uma viagem que começou na Turquia. "Pegaram o nosso dinheiro e nossos telefones e nos agrediram. Éramos sete. Nos jogaram no mar aos chutes", disse ele. Outro homem, que também é apresentado como migrante, aparece nas imagens com as mãos amarradas com uma corda de plástico.
No entanto, diante da publicação de Soylu, o serviço da guarda costeira grego alegou que "são notícias falsas" e fazem "parte dos constantes esforços da parte turca em manchar a imagem [da Grécia ]".
De acordo com a AFP , não é a primeira vez que os guarda-costas gregos são acusados dessa prática, mas as autoridades de Atenas sempre negaram as acusações. O mar Egeu é uma das principais rotas usadas pelos migrantes para entrar clandestinamente na Europa.