Nesta terça-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro participou de reunião do PROSUL, Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul, ao lado dos ministros Paulo Guedes, da Economie, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores. Antes de tratar sobre a questão econômica e os impactos da pandemia da covid-19 no bloco, ele criticou a prisão de Jeanine Añez , ex-presidente da Bolívia, que foi acusada de tentativa de golpe de estado.
"Antes de tratarmos da temática econômica, cumpre recordar que a defesa e a promoção da Democracia é um dos princípios basilares do PROSUL. Nesse sentido, nos preocupam os acontecimentos em curso na Bolívia, nosso vizinho e país irmão, onde a ex-presidente Jeanine Añez e outras autoridades foram presas, sob alegação de participação em golpe, que nos parece totalmente descabida", afirmou Bolsonaro .
"Esperamos que a Bolívia mantenha em plena vigência o estado de direito e a convivência democrática", concluiu o presidente, antes de seguir o discurso para os temas relacionados à questão econômica, ponto central de discussão do evento realizado de maneira virtual por conta da pandemia.
A fala ocorre dias após a prisão de Jeanine , que ficou no poder de novembro de 2019 e novembro de 2020 e foi acusada de promover um golpe ao seu antecessor, Evo Morales . Além de terrorismo, ela foi enquadrada nos crimes de sedição e conspiração.
Além de Añez , foram presos os ex-ministros Yerko Núñez, Arturo Murillo, Luis Fernando López, Álvaro Coimbra e Rodrigo Guzmán, que participaram do governo anterior. Pelo menos dois deles (Murillo e López), segundo o jornal La Razón, escaparam para os Estados Unidos.