O ministério das relações exteriores publicou nesta segunda-feira (7) uma declaração questionando a legitimidade das eleições legislativas que ocorreram na Venezuela no último domingo (6).
No pleito do último domingo, o país decidiu os novos deputados da Assembleia nacional, tendo como grande vitorioso o presidente Nicolás Maduro. O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do qual Maduro faz parte, e seus aliados, conquistou a maior parte das cadeiras do parlamento.
Sem observadores internacionais e acusacções de fraude, a oposição boicotou as eleições. A taxa de abstenção foi de 69%, a maior desde 2005. Juan Guaidó, líder opositor que se autodeclarou presidente interino em 2019, classificou o pleito como uma 'fraude' e pediu ao povo que ficasse em casa.
No texto, o ministério pede pelo retorno da democracia no vizinho sul americano.
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"Reiteramos que as eleições de 6 de dezembro para renovação da Assembleia Nacional da Venezuela, organizadas pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro, carecem de legalidade e legitimidade pois foram realizadas sem as garantias mínimas de um processo democrático, de liberdade, segurança e transparência, e sem integridade dos votos, participação de todas as forças políticas ou observação internacional".
Além disso, também clasificou a eleição vencida por aliados de Maduro como fraudulentas :
"Exortamos a comunidade internacional a se unir na rejeição a essas eleições fraudulentas e a apoiar os esforços para a recuperação da democracia, do respeito pelos direitos humanos e do Estado de Direito na Venezuela".
A carta foi assinada junto há outros 15 países: Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia.