Perto de ser eleito presidente, o candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, anunciou, na noite desta quarta-feira (4), que devolverá os Estados Unidos ao Acordo de Paris sobre o Clima.
A declaração foi dada poucas horas depois de os EUA terem saído oficialmente do tratado, completando um percurso iniciado por Donald Trump em junho de 2017.
"Hoje, a gestão Trump oficialmente saiu do Acordo de Paris sobre o Clima. E, em exatos 77 dias, a gestão Biden voltará para ele", escreveu o democrata no Twitter.
Para abandonar o tratado, os EUA precisavam esperar pelo menos três anos de sua entrada em vigor, prazo concluído em 4 de novembro de 2019. Após essa etapa, a notificação de retirada só teria efeito depois de 12 meses, em 4 de novembro de 2020.
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Até o momento, os Estados Unidos são o único país signatário a deixar o acordo, que obriga seus membros a manterem o aumento da temperatura média do planeta "bem abaixo" de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais e a prosseguir os esforços para limitar esse crescimento a 1,5°C.
Para isso, as partes se propõem a alcançar o pico de suas emissões de gases do efeito estufa "o antes possível" - considerando que os países em desenvolvimento tardarão mais em fazê-lo - e, a partir desse momento, a "reduzir rapidamente" o nível de poluentes, alcançando um "equilíbrio" na segunda metade deste século.
O texto ainda prevê que os Estados mais ricos forneçam recursos para financiar o combate às mudanças climáticas naqueles mais pobres. Mas o Acordo de Paris não estabelece metas específicas para cada país nem prevê punições para quem não respeitar seus termos.
A cada cinco anos, as nações signatárias devem apresentar um plano nacional mostrando sua contribuição para a luta contra o aquecimento global.