Vacina de Oxford é uma das mais avançadas nas fases de testes
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Vacina de Oxford é uma das mais avançadas nas fases de testes

A voluntária da vacina de Oxford que apresentou sintomas adversos graves após a aplicação do imunizante na fase de testes teve uma inflamação na medula considerada, afirmou nesta quarta-feira (9) o presidente da AstraZeneca, Pascal Soriot, em um reunião com investidores. A informação é do site STAT, veículo especializado em saúde ligado ao jornal americano Boston Globe .

De acordo com a publicação, o sintomas apresentado pela paciente foi uma mielite reversa. Ela, no entanto, passa bem e deve ter alta hospitalar ainda hoje.

A suspensão do testes da vacina britânica foi divulgada nesta terça-feira (8) pelo STAT, sendo confirmada logo em seguida pelos próprios desenvolvedores do imunizante e por autoridades.

Apesar da suspensão, não foi confirmada na reunião de hoje o diagnóstico de mielite transversa da paciente. Em sua fala, porém, Soriot disse que ela está melhorando.

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A AstraZeneca enviou um posicionamento à agência de notícias dizendo que o diagnóstico da voluntária está "pendente" e, por conta disso, é incorreto relacionar a suspensão dos testes da vacina a um caso de mielite.

O STAT ainda afirmou que Soriot disse que o ensaio clínico já havia sido interrompido antes. Isso teria ocorrido em julho depois que um outro participante dos testes apresentou sintomas neurológicos. Mas após exames, foi constatado que ele esclerose múltipla não relacionada ao tratamento.

Suspensão no Brasil

Por conta dessa ocorrência, a suspensão da vacina afetou também o Brasil, que é um dos países que está aplicando doses na fase final de testes do imunizante. O estudo, que está sendo conduzido pela com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), já vacinou 5 mil voluntários brasileiros. Segundo a instituição, "não houve registro de intercorrências graves de saúde".

A vacina de Oxford/AstraZeneca é a principal aposta do Ministério da Saúde para imunizar a população. Ao todo, o Brasil prevê desembolsar R$ 1,9 bilhão com a vacina. Ainda de acordo com a pasta, as aplicações devem começar em dezembro deste ano ou janeiro do ano que vem.

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