O veredicto do julgamento sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro do Líbano Rafiq Hariri, que era aguardado para o dia 7 de agosto, foi adiado em função da explosão que deixou mais de 130 mortos na capital Beirute .
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (5) pelo Tribunal Especial para o Líbano (TSL), que tem sede em Haia, nos Países Baixos. A sentença contra os quatro homens acusados de participação no homicídio está prevista para 18 de agosto.
Segundo o tribunal, a decisão pelo adiamento foi tomada "em respeito às inúmeras vítimas" da explosão em Beirute. Símbolo da reconstrução do Líbano após a Guerra Civil encerrada em 1990, Hariri governou de 1992 a 1998 e de 2000 a 2004, mas foi morto em fevereiro de 2005, em um atentado a bomba que também tirou as vidas de outras 21 pessoas.
Os quatro réus pertencem ao grupo xiita Hezbollah, milícia financiada pelo Irã e que também é um dos partidos mais importantes do Líbano. Eles serão julgados à revelia, já que o Hezbollah alega inocência e se recusa a entregá-los à Justiça.