Expulsa de casa por ser uma mulher queer, a britânica Chloe Florence se tornou uma sem-teto ainda no começo da juventude. Em relato feito ao portal britânico Metro, a mulher explicou que chegou a ficar em abrigos, mas passou por abusos e agressões que a fizeram preferir estar na rua.
Após sair do último abrigo no qual estava, a britânica viu no Tinder uma oportunidade de arrumar um lugar para dormir depois de um encontro. Em um match com uma turista australiana, ela aproveitou para passar a noite em um hostel local no qual o encontro dela estava hospedado.
"Quando isso não funcionava, eu ia à um McDonald's 24 horas, a uma rave ou a uma festa em casas, andava em um ônibus noturno ou vagava pelas ruas e dormia nas estações de trânsito ao longo do dia”, afirmou.
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Segundo a mulher, que considerava uma semana cheia de encontros como "bem sucedida", a maior parte dos encontros dela não sabia da situação de moradora de rua e terminava a ajudando sem saber. "Eu dizia que eu trabalhava no comércio, ou que eu era uma estudante, ou que não podíamos ir à minha casa porque meus pais eram ricos e expulsavam visitantes de lá", narrou Chloe. Ela explicou que, após ser acolhida por uma ONG que ajuda pessoas LGBTQ, conseguiu um lugar para morar antes do lockdown pela pandemia do novo coronavírus na Inglaterra.