Governante italiano criticou presidente brasileiro e combate ao novo coronavírus
Jorge William / Agência O Globo
Governante italiano criticou presidente brasileiro e combate ao novo coronavírus

O governador da região italiana da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini, criticou nesta terça-feira (9) a  gestão da pandemia do coronavírus Sars-CoV-2 no Brasil, nos Estados Unidos e no Reino Unido e disse que os três países são guiados por "autoritários".

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A declaração foi dada em entrevista a um programa da emissora La7, enquanto a Itália, que chegou a ser o país mais atingido pela pandemia, vive uma fase de retomada das atividades sociais e econômicas.

"Gostaria de fazer uma reflexão que me parece interessante. Se você olha o combate à pandemia no Ocidente... Analisemos os sistemas democráticos, quais são aqueles com os maiores dramas? Grã-Bretanha,  EUA e Brasil . Por quê? Porque são guiados por expoentes eleitos democraticamente, mas, eu me permito dizer, autoritários e populistas ", disse Bonaccini, do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda.

Segundo o governador , os populistas precisam "de aplausos diários" e, para conseguir isso, "de vez em quando não podem contar toda a verdade". Situada no norte da Itália, a Emilia-Romagna é a terceira região com mais casos em números absolutos no país, com 27.928, e a segunda em óbitos, com 4.179.

Em termos relativos, isso representa índices de 626 contágios e 94 mortes para cada 100 mil habitantes. O Brasil, por sua vez, tem 339 casos e 18 óbitos para cada 100 mil habitantes, mas fez cerca de 1 milhão de testes até o momento, contra mais de 4 milhões da Itália - a Emilia-Romagna, sozinha, conduziu 360.962 exames.

Alguns estados brasileiros, como Amapá (1.572/100 mil hab.), Amazonas (1.202/100 mil hab.), Roraima (1000/100 mil hab.), Acre (921/100 mil hab.), Ceará (740/100 mil hab.), Maranhão (698/100 mil hab.) e Pará (669/100 mil hab.) têm incidência de casos maior que a da Emilia-Romagna, mas nenhum alcançou sua taxa de óbitos.

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