As consequências económicas da pandemia do novo coronavírus (Sars-coV-2) podem levar cerca de 86 milhões de crianças à pobreza até ao final do ano, segundo um estudo divulgado, nesta quinta-feira (28), pela ONG Save the Children e pela UNICEF.
Leia também: Impacto da pandemia no interior ainda está por vir, diz interino da saúde
No total, serão 672 milhões de crianças afetadas pela pobreza este ano, o que traduz um aumento de 15% em relação à 2019. Atualmente, quase dois terços dessas crianças vivem na região da África subsaariana e no sul da Ásia.
Leia também: “Não temos opções”: trabalhadoras informais relatam queda de até 70% na renda
De acordo com projeções do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), as crianças mais afetadas por essa nova onda serão oriundas da Europa e da Ásia.
"A escala das dificuldades financeiras que as famílias enfrentam ameaça o progresso alcançado durante anos na redução da pobreza infantil e na privação de serviços essenciais", disse Henrietta Fore, diretora do UNICEF, em comunicado à imprensa.
Você viu?
Com ações imediatas e eficazes, "podemos conter a ameaça da pandemia que paira sobre os países mais pobres e algumas das crianças mais vulneráveis", continuou Inger Ashing, responsável da Save the Children.
Leia também: Pandemia em SP deve durar até outubro, diz comitê da Covid-19
Para combater esse tragédia, as duas organizações estão orientando governos a expandirem sua cobertura de segurança social e refeições nas escolas para reduzir os efeitos da pandemia de Covid-19 nas crianças.