As chamadas “ bolhas sociais ” podem ser uma alternativa para tornar o período de isolamento social menos desgastante psicologicamente. O modelo consiste em criar um grupo de pessoas com quem se pode ter contato físico durante a quarentena.
Na semana passada, o governo da Nova Zelândia foi um dos que adotou a medida para combater a pandemia do novo coronavírus . Países como Bélgica, Canadá, Escócia e Reino Unido estão considerando as bolhas como planejamento.
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Assim como muitos outros territórios, o país segue as recomendações de isolamento social e distanciamento físico , orientações oficiais da Organização Mundial da Saúde (OMS) para combater a Covid-19 . A Nova Zelândia é considerada referência no combate ao novo coronavírus . Tanto que seu nível de alarme, que era 4, caiu para 3.
No entanto, mesmo com a possibilidade das videoconferências, existem grupos de pessoas psicologicamente fragilizadas que podem precisar ter contato físico. Além disso, existem pessoas em grupos de risco que moram sozinhas e podem precisar de auxílio de familiares. Por esse motivo, foi autorizado que o ciclo de contato se expanda.
As orientações presentes no site do governo são de que é preciso continuar dentro de casa e seguir tendo contato restrito. Mas existe a possibilidade de reencontrar familiares ou, por exemplo, solicitar cuidadores no caso de pessoas idosas. A regra é que todos precisam residir na mesma cidade.
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O país não estipula um número exato de pessoas que devem estar em cada bolha. O ideal é que seja o mínimo possível e que se considere, no máximo dez pessoas.
É importante ressaltar que, a partir do momento que um indivíduo está dentro de um grupo, precisa pertencer exclusivamente a ele. Não é possível trocar ou fazer parte de outros grupos.
Por esse motivo, é preciso saber com certeza com quem quer manter o contato físico durante a quarentena. Um caminho é que os membros da casa que querem expandir a bolha levem em conta proximidade e necessidade de contato físico de cada um.
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Além de residirem na mesma cidade, é preferível trazer para a bolha pessoas que morem no mesmo bairro e que possam se locomover com facilidade entre residências.
Em entrevista à BBC, o professor Stefan Flasche, da London School of Hygiene and Tropical Medicine, diz que essa é uma oportunidade para a sociedade durante a pandemia. “Se as pessoas seguem as regras e limitam seus contatos o máximo possível, essa pode ser uma estratégia viável e sustentável que torna a quarentena mais tolerável a longo prazo", diz.