Ataque no último domingo foi reivindicado por grupo extremista
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Ataque no último domingo foi reivindicado por grupo extremista

Ao menos 24 pessoas morreram e 18 ficaram feridas durante ataque contra uma igreja evangélica no Norte de Burkina Faso, na África Ocidental, segundo informou o governador da região de Sahel, coronel Salfo Kabore. O atentado aconteceu no domingo na localidade de Pansi, na província de Yagha, e, segundo autoridades, foi reivindicado por extremistas islâmicos.

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Em outro ponto da região, cinco soldados também foram mortos na explosão de uma bomba de fabricação caseira. A área é alvo frequente de atentados de religiosos extremistas.

"O balanço provisório é de 24 mortos, incluindo o pastor de uma      igreja  evangélica. Igualmente, lamentamos 18 feridos e pessoas sequestradas", afirmou Kabore em um comunicado. "No domingo, um grupo armado terrorista invadiu localidade e atacou a aprazível população local."

Ainda segundo o governador, os feridos foram levados para as cidades Sebba, capital da província, e Dori. Kabore afirmou ainda que as pessoas sequestradas estão sendo procurados — não foi divulgado quantas são.

"É difícil ter uma ideia da situação, pois os habitantes fugiram após o ataque", declarou um morador à AFP em Sebba, cidade onde muitos moradores de Pansi buscaram refúgio.

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Burkina Faso, país que faz fronteira com o Mali e o Níger, já sofreu uma série de ataques jihadistas que fizeram mais de 750 mortos desde 2015, segundo levantamento da agência francesa. Em 10 de fevereiro, um grupo de extremistas islâmicos invadiu Sebba e sequestrou sete pessoas na residência de um pastor. Três dias depois, cinco pessoas foram encontradas mortas, incluindo o pastor. Na ocasião, duas mulheres foram resgatadas, de acordo com o governador da região do Sahel.

Os ataques atribuídos a grupos jihadistas contra igrejas ou religiões cristãs se multiplicaram recentemente no país. Em outra ofensiva, cinco soldados de Burkina Faso morreram na explosão de uma bomba de fabricação caseira enquanto dirigiam pelos arredores da província de Lorum, norte do país.

Os ataques com dispositivos explosivos improvisados se multiplicaram desde 2018 em Burkina Faso, matando ao menos 100 pessoas, de acordo com a AFP. Em 28 de janeiro, seis soldados foram mortos em um desses atentados, combinado com uma emboscada, na província de Kompienga, no Sudeste do país.

Em 17 de janeiro, seis soldados foram mortos na explosão de um dispositivo artesanal quando o veículo em que estavam passava perto de Arbinda, na província de Soum, no Norte.

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As forças de segurança do país não conseguem conter a espiral de violência, apesar da ajuda de forças estrangeiras, principalmente da França, presentes no Sahel com 4.500 homens na operação antijihadista Barkhane. Um militar da força-tarefa foi encontrado morto no domingo em seu acampamento, segundo o ministério francês dos Exércitos. A causa da morte não foi informada.

O número de pessoas que precisaram deixar o país por causa dos conflitos aumentou dez vezes em 2019, subindo mais de 560 mil pessoas.

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