Um grupo de quatro jovens chineses, incluindo uma mulher grávida, foi alvo de xenofobia em Roma, capital da Itália, na tarde do último domingo (9). Segundo a reconstrução da polícia, as vítimas atravessavam a rua perto da Piazza dei Consoli, na periferia da cidade, quando foram cercadas por três jovens italianos. Um deles teria gritado: "Vão embora da Itália, porque vocês estão infectados com coronavírus ".
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Outro, um adolescente de 15 anos, ameaçou os chineses com estilhaços de garrafa, mas a polícia interviu rapidamente e o levou para a delegacia. Seus dois comparsas escaparam.
O grupo, acompanhado por um advogado do escritório consular da Embaixada da China em Roma, decidiu não formalizar a denúncia. Esse não é o primeiro episódio de xenofobia contra chineses na Itália desde o início da epidemia do novo coronavírus (2019-nCoV), que já matou 910 pessoas, sendo 908 no país asiático.
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No fim de janeiro, um bar na Fontana di Trevi, também na capital, proibiu a entrada de chineses alegando inexistentes "medidas de segurança internacionais". Na semana passada, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, chegou a visitar uma escola que tem um número expressivo de alunos chineses para passar uma mensagem contra o preconceito.
O governo da China, no entanto, critica a Itália por conta do bloqueio de todas as rotas aéreas entre os dois países, inclusive para cidades que não estão no epicentro da epidemia.
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"Esperamos que a Itália possa avaliar a situação de modo objetivo e baseando-se na ciência e se abstenha de adotar medidas excessivas", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Geng Shuang.
Até o momento, a Itália contabiliza três casos de coronavírus , sendo dois em turistas chineses e outro em um pesquisador italiano.