Juan Guaidó foi recebido em Davos com honras de chefe de Estado
Reprodução/Twitter Juan Guaidó
Juan Guaidó foi recebido em Davos com honras de chefe de Estado


Em giro internacional desde que deixou a Venezuela , no último domingo, desafiando a proibição de sair do país imposta pela Suprema Corte, Juan Guaidó foi recebido em Davos , na Suíça, nesta terça-feira, sob o status de presidente venezuelano. Após a recepção com todas as honras de chefe de estado, ele fez um discurso no Fórum Econômico Mundial , focado em pedir ajuda para combater Nicolás Maduro , líder chavista e presidente, de fato, da Venezuela.

“Hoje - e por isso estamos aqui - não podemos sozinhos. Enfrentamos um conglomerado internacional, criminoso e precisamos de sua ajuda. Europa, Grupo de Lima, Estados Unidos: estamos todos reunidos para conseguir uma eleição livre, real, transparente. Nos mobilizamos vez e outra e vamos continuar fazendo isso”, declarou.

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O discurso ocorre justamente no dia em que a autoproclamação de Guaidó como presidente da Venezuela completa um ano. Empossado presidente da Assembleia Nacional no dia 5 de janeiro de 2019, ele se autoproclamou presidente do país em 23 de janeiro, e foi reconhecido, logo em seguida, por países como Brasil e Estados Unidos.

Em busca de apoio

Desde então, a tensão política continua aumentando na Venezuela , com Maduro realizando manobras que impedem uma gestão real de Guaidó , por isso a necessidade de pedir apoio internacional. “A Venezuela não é um país em guerra. Não ouvimos as bombas, mas sentimos o pranto, a dor das mães”, disse Guaidó em seu discurso.

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Antes de parar em Davos para participar do Fórum Econômico Mundial, o presidente autoproclamado buscou articular outras aproximações políticas. Primeiro, esteve na Colômbia para se reunir com o presidente Ivan Dúque e com Mike Pompeo , secretário de Estado dos EUA, durante conferência contra de combate ao terrorismo. Depois, se encontrou com autoridades britânicas no Reino Unido e com representantes europeus, em Bruxelas.

Proibição

As viagens internacionais em si são um sinal de desafio a Maduro . Isso porque Juan Guaidó está proibido de deixar a Venezuela  desde janeiro de 2019, quando a Suprema Corte, de maioria governista, determinou também o bloqueio das contas do parlamentar. As ações foram ordenadas para facilitar uma investigação que coloca o líder da oposição “como responsável de diversas ocorrências violentas no país”.

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