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Líder supremo, aiatolá Ali Khamenei diz que Irã não vai abandonar programa de mísseis balísticos
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Líder supremo, aiatolá Ali Khamenei diz que Irã não vai abandonar programa de mísseis balísticos

Pela primeira vez em quase oito anos, o ayatollah Ali Khamenei proferiu nesta sexta-feira (17) as orações de sexta-feira no Irã, quando o país vive momentos de tensão.

Ele apelou à união dos iranianos após a "trágica" queda do avião ucraniano na semana passada quando morreram 176 pessoas, e considerou que os países europeus que subscreveram o acordo relativo ao programa nuclear não são "de confiança".

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Depois de vários dias de protesto em Teerã e nas principais cidades iranianas, o apelo é pela unidade dos iranianos contra várias ameaças externas. Khamenei comandou as orações de hoje pela primeira vez desde 2012.

As manifestações varreram o Irã depois de o regime ter assumido responsabilidades na queda de um avião da Ukraine International Airlines, no último dia 11. Neste desastre em Teerã morreram 176 pessoas.

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Golpe na imagem dos EUA

Na noite da tragédia, o regime iraniano lançou vários projéteis contra duas bases norte-americanas no Iraque em resposta à morte do general Qassem Soleimani, na sequência de um ataque de drone norte-americano, no dia 3 de janeiro, perto do Aeroporto Internacional de Bagdá.

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Khamenei disse hoje que os ataques iranianos contra bases militares dos Estados Unidos no Iraque foram um "golpe na imagem da América" como superpotência. Nos primeiros dias após o desastre, Teerã negou quaisquer responsabilidades no acidente com o avião, mas acabou por admitir o erro no último sábado.

Na oração desta sexta-feira, Khamenei ofereceu condolências às famílias das vítimas e descreveu o desastre aéreo como "uma tragédia amarga", ou ainda "um incidente muito triste" que foi aproveitado "pelos inimigos" do Irã para ofuscar o "sacrifício" da morte de Soleimani.

"Punhal envenenado"

Khamenei também acusou os Estados Unidos de "mentirem" quando afirmam apoio ao povo iraniano. Ele considera que o apoio demonstrado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos protestos dos últimos dias é uma farsa. Disse que Trump atingiu “os iranianos com o seu punhal envenenado".

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