O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez
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O primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez

A Espanha está muito próxima de encerrar um longo impasse político. A nova coalização de governo liderada pelo primeiro-ministro interino do país, Pedro Sánchez , recebeu nesta quinta-feira (2) o apoio do maior partido separatista catalão e abriu caminho para um novo mandato.

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O partido independentista Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) fechou um acordo com o Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe) de Sánchez e vai se abster na votação sobre a nova coalização, deixando o caminho livre para a aprovação do novo governo de esquerda no país.

De acordo com o ERC, um governo liderado por Sánchez manterá conversações sobre o futuro da Catalunha. O texto do acordo mostrou que as negociações deverão respeitar "os intrumentos e os princípios que regem o sistema jurídico democrático". Além disso, o pacto prevê, no prazo de 15 dias, a realização de novas negociações entre Madri e Barcelona.

Além disso, o vice-presidente do ERC, Pere Aragonès, afirmou que o partido está correndo riscos, mas disse que "vale a pena abrir caminho para fazer política".

O ERC sofreu críticas de outros grupos separatistas da Catalunha, mas Aragonès afirmou que a abstenção dos 13 parlamentares do partido não significa "renunciar a nada".

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A Espanha tem sido atormentada por incertezas políticas há quase um ano. A nação passou por duas eleições inconclusivas em 2019, além do progresso da Catalunha pela sua independência.

A Câmara de Deputados começará a discutir o voto de confiança a Sánchez no sábado (4). Juntos, Psoe e a coalização Unidas Podemos têm 155 dos 350 assentos na Câmara, aos quais se somam os seis deputados do Partido Nacionalista Basco (PNV), que também fará parte da aliança.

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Para ter maioria, Sánchez precisará de 176 votos e a negociação bem sucedida com a legenda nacionalista ERC diminuirá o quórum mínimo.

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