O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , disse nesta sexta-feira (3) que ordenou o ataque que matou o general Qassem Soleimani, militar mais poderoso do Irã, para "encerrar uma guerra", e não para "começar uma".
Leia também: Novo chefe da guarda do Irã promete cadáveres americanos no Oriente Médio
O magnata fez um breve pronunciamento pouco depois das 15h (horário local) e acusou Soleimani de ter perpetrado ações para "desestabilizar" o Oriente Médio ao longo dos últimos 20 anos, afirmando que seu "reino de terror acabou".
"Agimos na noite passada para encerrar uma guerra . Não agimos para começar uma guerra", declarou Trump, acrescentando que tem "profundo respeito pelo povo iraniano".
Você viu?
O presidente ainda disse estar "pronto e preparado" para "tomar qualquer ação que for necessária" para proteger cidadãos americanos no exterior. Trump culpa o Irã pela morte de cidadãos dos EUA no Oriente Médio e pelo assédio de milícias xiitas iraquianas contra a Embaixada em Bagdá, no início da semana.
Soleimani era comandante da Força Quds, unidade especial do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica, e o militar mais poderoso do Irã. O general estava em um carro bombardeado pelos EUA no aeroporto internacional de Bagdá, capital do Iraque.
Figura bastante popular no país, Soleimani era próximo ao aiatolá Ali Khamenei, guia supremo do Irã , e cotado como sucessor do presidente Hassan Rohani. Teerã já prometeu vingar a morte do general, "no momento e local mais oportunos".
Leia também: Ataque dos EUA ao Irã gera tensão entre líderes mundiais
A morte de Soleimani teve efeitos no mercado financeiro e fez o preço do barril de petróleo WTI subir 3,2% em Nova York, chegando a US$ 63,19, maior valor desde abril passado.