Comparecimento para votação foi recorde
Reprodução/BBC News
Comparecimento para votação foi recorde

Candidatos pró-democracia conquistaram quase 90% dos assentos legislativos em jogo nas eleições distritais de Hong Kong , realizadas no último domingo (24), após meio ano de protestos contra o governo local.

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O pleito elegeu 452 representantes das 18 assembleias distritais do território, dos quais 396 (87,6%) são de partidos de oposição, pró-democracia , em um claro desafio à gestão de Carrie Lam e à China.
Com isso, as forças do establishment perderam 240 cadeiras em relação às eleições de 2015.

A votação também teve participação recorde de 71,2% do eleitorado, número inédito desde que o Reino Unido devolveu Hong Kong a Pequim, em 1997. Até então, a maior afluência em uma eleição distrital era de 47%, registrada em 2015.

Por meio de uma nota, Lam garantiu que o governo "escutará com humildade as opiniões dos cidadãos e refletirá sobre elas com seriedade". A governadora também prometeu respeitar o resultado do voto.  "As eleições ocorreram de modo pacífico, seguro e ordenado.  Depois das desordens sociais dos últimos cinco meses, acredito firmemente que a grande maioria do público compartilha meu desejo de que a situação pacífica continue", acrescentou.

Já a China reiterou seu apoio à líder e disse que Hong Kong é parte integrante de seu território, "independentemente do resultado eleitoral". Alguns dos novos conselheiros já protestaram nesta segunda-feira (25) para pedir o fim do cerco policial aos manifestantes entrincheirados na Universidade Politécnica há nove dias.

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A maioria dos estudantes que ocupavam o prédio já se rendeu, mas cerca de 30 jovens continuam no local. Os protestos em Hong Kong começaram em junho, por conta de um projeto que permitia a extradição de suspeitos para a China continental, mas seguiram mesmo após a revogação da medida e agora pedem uma democracia plena no território.

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