A sexta-feira (15) foi mais um dia de tensão na Bolívia . Durante manifestação nos arredores de Cochabamba, um dos principais redutos políticos de Evo Morales, nove pessoas foram mortas em confronto com a polícia. Mais de uma centena de manifestantes ficaram feridos segundo os últimos números. Na tarde desta sexta-feira, o número divulgado havia sido de oito mortes, todos apoiadores do ex-presidente.
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Com isso, o número de mortos desde o início das manifestações na Bolívia , que culminaram com a saída de Morales do comando do país, chegam a 16.
Um representante da Defensoria do Povo da Bolívia em Cochabamba, Nelson Cox, afirmou à rede CNN que outras 125 pessoas ficaram feridas e 110 manifestantes foram detidos durante a manifestação, considerada a mais violenta até agora desde a renúncia e saída de Morales do país.
Em comunicado, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos condenou o "uso desproporcional da força policial e militar", acrescentando ainda que "as armas de fogo devem ser excluídas dos dispositivos utilizados para controlar os protestos".
Asilado no México , Morales também se pronunciou sobre o caso em postagem nas redes sociais. No texto, o ex-presidente pediu que as Forças Armadas e a polícia parem com o massacre no país: "o uniforme das instituições da pátria não podem ser manchadas com o sangue do nosso povo".
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Ainda de acordo com a agência, o confronto aconteceu porque o grupo de manifestantes tentou furar um bloqueio feito pela polícia na ponte Huayllani, por onde passariam para chegar a La Paz e participar dos protestos contra a senadora Jeanine Áñez , que se autointitulou presidente interina da Bolívia .