Após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) lamentar a vitória da chapa Alberto Fernández-Cristina Kirchner sobre o atual presidente Mauricio Macri no domingo (27), o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo , usou uma rede social para atacar duramente a dupla, nesta segunda-feira (28). Segundo Araújo, os sinais são os "piores possíveis", tanto do ponto de vista econômico-comercial como político.
"As forças do mal estão celebrando. As forças da democracia estão lamentando pela Argentina , pelo Mercosul e por toda a América do Sul. Mas o Brasil continuará inteiramente do lado da liberdade e da integração aberta", afirmou o chanceler.
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De acordo com Araújo, a esquerda é totalmente ideológica no apoio aos regimes tirânicos da região. Mas, quando se relaciona com as democracias (das quais depende), pede pragmatismo. "Curioso. 'Pragmatismo' significa sempre a direita se acomodar aos interesses da esquerda", enfatizou.
Araújo acompanha Bolsonaro em viagem a países do Oriente Médio pouco democráticos, caso de Catar e Arábia Saudita. Suas críticas a Fernández podem ser o prenúncio de uma crise sem precedentes no Mercosul . Uma das razões dessa acidez pode ser atribuída às declarações do presidente eleito na Argentina a favor da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo ele, está preso injustamente.
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O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também usou a internet para atacar a chapa vencedora na Argentina. Filho do presidente Jair Bolsonaro, Eduardo afirmou, com ironia, que os petistas que comemoram a vitória de Alberto Fernández deveriam estar presos.
"Aqueles caras do PT que você não entende como ainda não estão presos foram para a Argentina comemorar e eleição do novo presidente lá. Além deles, Evo Morales (presidente da Bolívia) e Maduro (Nicolás Maduro, presidente chavista da Venezuela, cujo governo não é reconhecido pelo Brasil) também estão celebrando. O eleito pediu Lula Livre... Já sabem o futuro da Argentina, né?", questionou o 03, que chegou a ser cotado para ser embaixador brasileiros nos EUA, mas desistiu após uma crise se instalar no partido.