No discurso na ONU, Rodolfo Nin Novoa atacou os EUA e outros governos da América Latina.
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No discurso na ONU, Rodolfo Nin Novoa atacou os EUA e outros governos da América Latina.

O chanceler do Uruguai acusou nesta segunda-feira os EUA e governos da América Latina de “ aterrorizarem ” o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, além de tentarem asfixiar o país através da política de sanções econômicas.

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Falando durante o último dia dos Debates Gerais da Assembleia Geral da ONU , Rodolfo Nin Novoa se disse alarmado pelo que chamou de “avanço de ideologias extremas, que tenham aplicar à força suas receitas a outros países”. Para ele, seria uma receita de “exploração dos povos da América Latina”. Ele ainda rejeitou qualquer forma de intervenção externa “sob pretexto de defender a democracia”.

— O seu [intervenção externa] único resultado é a perda de milhares de vidas inocentes e a asfixia com sanções econômicas, fazendo com que os povos fiquem cada vez mais submersos na pobreza, como ocorre hoje na Venezuela .

Ao contrário de países como Brasil, Argentina e Colômbia, o Uruguai, ao lado do México, vem defendendo uma estratégia mais focada na diplomacia para resolver a grave crise venezuelana. O país não reconheceu Juan Guaidó como presidente interino, como fizeram mais de 50 países, tampouco votou, na semana passada, pela ativação do Tratado Interamericana de Defesa Recíproca como ferramenta para coordenar as sanções contra Caracas. O governo inclusive se retirou do pacto após a votação — os uruguaios eram membros desde 1947.

Desde o fracasso das negociações indiretas entre governo e oposição, mediadas pela Noruega, aumentou a disposição dos governos que integram o chamado Grupo de Lima (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai,Peru, Guiana e Santa Lúcia) em adotar novas sanções contra o regime de Maduro, seguindo os passos de EUA, Canadá e União Europeia.

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Porém, para Uruguai e México, que integra o Grupo de Lima porém é cético em relação às sanções, a única saída é o diálogo. Na semana passada, o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou a criação de uma missão internacional para investigar violações de direitos ocorridas desde 2014, incluindo execuções extrajudiciais e tortura.

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