A Casa Branca enviou acidentalmente nesta quarta-feira (25) um e-mail com os pontos anti-impeachment aos democratas na Câmara. O envio, destinado aos aliados do governo Trump no Congresso, tentou ser revertido cerca de 40 minutos depois de chegar às caixas de e-mail dos adversários.
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A mensagem tinha como objetivo defender o presidente americano contra as novas acusações de pressionar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky , durante um telefonema, a investigar o filho do ex-vice-presidente — e potencial adversário de Trump nas eleições presidenciais de 2020 — Joe Biden .
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A conversa polêmica entre os chefes de Estado levou a Câmara dos Deputados a iniciar um inquérito de impeachment de Donald Trump , suspeito de buscar ajuda estrangeira para difamar um adversário político. O telefonema ocorreu no momento em que a Ucrânia aguardava a aprovação de um pacote de ajuda militar dos EUA de US$ 250 milhões.
Nos pontos anti-impeachment expostos no e-mail, a Casa Branca explica que Trump não fez promessas ao presidente ucraniano, ou mencionou o nome de seu advogado — que seria o responsável por colaborar com Zelensky para conseguir informações sobre Hunter Biden.
Ainda nesta quarta-feira, a Casa Branca divulgou um documento contendo anotações da ligação entre os presidentes, que seriam apenas lembranças da equipe do Conselho de Segurança Nacional que estava no momento da ligação, e não uma transcrição exata do que realmente foi dito.
Além do conteúdo do telefonema, o Congresso pediu que a Casa Branca revele os detalhes da denúncia feita por um denunciante anônimo, um funcionário que trabalha na Inteligência americana e que teria divulgado informações sobre as negociações entre Trump e a Ucrânia, fosse divulgada.