Jogar as cadeiras da área externa na piscina é uma forma de evitar que elas voem e causem acidentes
Reprodução/Youtube
Jogar as cadeiras da área externa na piscina é uma forma de evitar que elas voem e causem acidentes

Com a aproximação do furacão Dorian do estado americano da Flórida, a família Pavel, que há três anos trocou Goiânia por Orlando, estoca alimentos e deixa um plano de evacuação pronto. “Estamos ansiosos, mas confiantes”, diz Fernanda Pavel, que acredita que os recursos de emergência não serão necessários.

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Fernanda e a família se mudaram para os Estados Unidos em 2016. Ela visitava o país frequentemente desde 1991, e já desde 2014 ela e o marido, Daniel, haviam decidido se mudar para lá, com o objetivo de dar uma qualidade de vida melhor para os filhos. A Flórida foi o local escolhido por ser o destino mais frequente das viagens em família, onde gostavam de estar e já se sentiam bem.

Antes de se mudar, eles consideraram a ocorrência de furacões, mas a vontade de trocar Goiânia por Orlando era maior. Desde 2016, já passaram por dois furacões. O Matthew, em 2016, e o Irma, em 2017, que foi mais forte. 

Fernanda conta que sempre que um furacão está para passar pela região, “existem uma ansiedade e uma tensão muito grandes”. A família costuma seguir à risca as orientações das autoridades e acompanha as instruções pela televisão.

Como no Brasil não há a ocorrência destes fenômenos e as informações costumam mudar a todo momento, já no primeiro evento como este começaram a gravar vídeos explicando a situação com o objetivo de tranquilizar amigos e parentes que estão no Brasil. Atualmente, a família tem dois canais no youtube – “Family Fun 5” e “Nós cinco na Flórida” –, onde continuam publicando vídeos sobre as passagens dos furacões. Agora, além dos amigos e parentes, eles também explicam a situação para os seguidores, que ficam curiosos e preocupados.

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Ainda que a situação onde vivem não seja tão alarmante, Fernanda conta que o evento pode ser assustador. Quando o olho do furacão passa em cima da região, o vento e o barulho dão uma trégua, mas assim que ele começa a deixar a área, volta tudo novamente, ela diz. 

Seus três filhos costumavam ficar bastante preocupados. Da primeira vez, a filha mais velha chorava e pedia para voltar para o Brasil, relata. Hoje, já entendem melhor a situação, até porque têm treinamentos na escola, apesar de ainda ficarem ansiosos. 

Preparando-se para emergências

Daniel Pavel mostrou em vídeo os mantimentos que compraram para esperar o furacão Dorian
Reprodução/Instagram Nós cinco na Flórida
Daniel Pavel mostrou em vídeo os mantimentos que compraram para esperar o furacão Dorian

As autoridades costumam recomendar que as pessoas “se preparem para o pior, mas aguardem o melhor”. Para isso, é preciso estocar alimentos. Em um de seus vídeos, a família Pavel mostra tudo que comprou para esperar o Dorian. Comidas enlatadas e água são essenciais, assim como pilhas e itens de primeiros socorros. Os carros também precisam estar abastecidos.

Quando uma tragédia natural como esta acontece, é proibido aumentar o preço dos mantimentos ou da gasolina. Os pedágios também são liberados para que as pessoas que vivem em áreas de risco possam ir para lugares mais seguros.

Segundo Fernanda, as casas construídas depois de 2001 são “à prova de furacão”. Casa onde a família Pavel mora é assim, então não precisam se preocupar em, por exemplo, tapar as janelas e portas com madeiras. Ainda assim, precisam encher as banheiras de água, tirar tudo do lado de fora da casa ou colocar móveis externos dentro da piscina, para que não voem.

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“Pegamos toda a experiência e o que a gente sempre ouviu em relação ao que fazer para se preparar para o pior e vamos fazendo”. Para brasileiros, preocupações como a trazida pela passagem do furacão Dorian não são corriqueiras, mas Fernanda defende que “existem os prós e os contras de cada país”.

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