Uma embarcação está há 13 dias no Mar Mediterrâneo aguardando a autorização de algum país europeu para desembarcar 356 imigrantes. A Ocean Viking pertence à ONG francesa SOS Mediterranée e aos Médicos Sem Fronteiras. Entre as pessoas que estão a bordo do navio, 103 são crianças ou menores de idade.
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Os imigrantes foram resgatados no mar Mediterrâneo quando tentavam chegar à Europa. De acordo com os Médicos Sem Fronteiras, só há comida para todos a bordo por mais cinco dias.
O impasse envolvendo a Ocean Viking acontece pouco após uma situação semelhante com o navio Open Arms, da ONG de mesmo nome. Neste momento o navio está entre a costa de Malta e a área da Sicília, na Itália.
A Comissão Europeia fez um apelo para que os Estados-membros do bloco sejam solidários e recebam os imigrantes de maneira compartilhada, como ocorreu com a Open Arms, que ficou quase 20 dias à deriva.
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Na quarta-feira (21), a França se disse "pronta" a acolher "um número importante de imigrantes da Ocean Viking , mas ressaltou que não "se pode colocar em discussão o princípio de acolhimento no porto mais próximo, porque se trata de um princípio jurídico". "A única rota da Ocean Viking é a da humanidade. Estamos há 13 dias com 356 sobreviventes que já sofreram bastante. Pedimos autorização para desembarcar imediatamente em um porto seguro", apelou a ONG Médicos Sem Fronteiras via Twitter.
Os governos de Malta e da Itália têm negado os pedidos de desembarque do navio. Trata-se de um reflexo das políticas migratórias restritivas adotadas pelos dois países. Na Itália, o ministro do Interior, Matteo Salvini , critica a atividade das ONGs, alegando que elas favorecem a imigração ilegal, a atuação de coiotes e o tráfico humano.
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Além disso, o expoente do partido nacionalista Liga Norte diz que a "Itália não pode ser mais o campo de refugiados da Europa". O país, devido à sua localização, é um dos que mais recebia barcos com dezenas de imigrantes diariamente no porto de Lampedusa.