O chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, disse nesta terça-feira (23) que o Grupo de Lima, do qual o Brasil faz parte, não pretende afrouxar "a pressão pela democracia na Venezuela". O ministro disse ainda que Nicolás Maduro se mantém no poder por possuir apoios externos. As declarações foram dadas após o encerramento da reunião do grupo, em Buenos Aires.
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"Maduro sobrevive hoje por determinados apoios externos. Acho que essa declaração [da alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet] deixa mais difícil, para os países que apoiam Maduro , continuarem a apoiar. Fica claro que é um regime que atenta dramaticamente contra os direitos humanos. Isso faz parte de uma realidade que todo o continente está preocupado. Nós não vamos afrouxar essa pressão pela democracia na Venezuela", disse Araújo.
O Grupo de Lima é composto por Argentina, Brasil , Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Paraguai, Peru e Venezuela. Após o encontro, foi divulgada uma declaração oficial, onde os representantes expressaram seu apoio ao autoproclamado presidente interino da Venezuela , Juan Guaidó .
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O chanceler brasileiro reforçou a importância do grupo e disse que houve um consenso de que o tema da Venezuela é uma preocupação regional.
Em relação a uma possível intervenção no país, Araújo afirmou que essa questão não esteve presente na discussão. "Nossa percepção é de que se precisa resolver essa questão, devolver a democracia à Venezuela, para que toda a América Latina rume para consolidar a democracia e a prosperidade".
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Na declaração, o Grupo de Lima afirmou repudiar a candidatura da Venezuela a um assento no Conselho de Direitos Humanos da ONU e expressou apoio à candidatura brasileira.