A Assembleia Nacional da França aprovou nesta terça-feira (17) um projeto de lei para restauração e conservação da Catedral de Notre-Dame, devastada por um incêndio há três meses.
O texto, que obteve 91 votos favoráveis, oito contrários e 33 abstenções, tem como objetivo cumprir a proposta do presidente francês, Emmanuel Macron, de reformar o templo de Notre-Dame em um prazo de cinco anos.
O projeto, cercado de controvérsias e que provocou a briga entre os políticos durante os últimos meses, foi apresentado no dia 24 de abril no Conselho de Ministros. Ele determina o marco das obras e a criação de um comitê para gerir corretamente as doações.
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A lei aprovada também prevê a arrecadação de 850 milhões de euros através de contribuições prometidas por empresas e doadores privados. De acordo com o ministro da Cultura, Franck Riester, apenas 10% do montante anunciado foi efetivamente repassado.
A catedral, declarada um Patrimônio Mundial da Unesco e que cobre as margens do rio Sena, em Paris, perdeu um pináculo e parte do teto na tragédia do dia 15 de abril. Com a nova medida, a construção da estrutura com características modernas será viável.
"A coisa mais difícil agora está à nossa frente. Precisamos fortalecer a catedral para sempre e restaurá-la", disse Riester à "France24". A Catedral de Notre-Dame está entre os pontos turísticos mais visitados da França e da Europa.