Decifrador de códigos e pioneiro da computação, o matemático inglês Alan Turing terá o seu rosto estampado na nova nota de 50 libras do Banco da Inglaterra. A homenagem, que foi anunciada nesta segunda-feira (15), mobilizou não só os admiradores do seu trabalho com os números, mas também a comunidade LGBT, já que o britânico foi perseguido pela sua homossexualidade nos anos 1950.
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O nome de Turing foi escolhido em meio a uma lista de quase mil candidatos. Durante a Segunda Guerra Mundial, o matemático conseguiu descobrir a lógica da criptografia dos inimigos e, assim, deu uma ajuda vital aos Aliados, possibilitando a vitória sobre os países do Eixo.
Atualmente, segundo a BBC , existem 344 milhões de notas de 50 libras em circulação, combinando um valor de 17,2 bilhões de libras, segundo os números do próprio Banco da Inglaterra . A nota já foi descirta como a "moeda das elites corruptas" e, hoje, é a menos usada nas transações diárias.
Depois de ajudar o país a vencer a guerra, Alan Turing desempenhou um papel central no desenvolvimento dos primeiros computadores. Seu trabalho começou no Laboratório Nacional de Física e, mais tarde, migrou para a Universidade de Manchester.
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Foi em Manchester que Turing foi preso por ter um caso com um homem de 19 anos de idade. O matemático acabou sendo demitido e condenado a ser castrado quimicamente depois de uma condenação por "atividade homossexual". Em 2013, Turing recebeu um perdão póstumo pela condenação e, desde então, seu nome é lembrado pela comunidade LGBT como o de alguém que foi perseguido por sua orientação sexual, apesar de ter relevância mundial.
Alan Turing foi encontrado morto por um criado no dia 8 de junho de 1954 – no auge da humilhação sofrida por sua sexualidade. De acordo com as investigações, o matemático
e gênio da computação teria cometido suicídio um dia antes, com o auxílio de uma maçã propositalmente envenenada.
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