O bilionário das finanças americano Jeffrey Epstein retornava no sábado, 29 de junho, em seu jato particular de uma viagem a Paris, onde fica um de seus principais imóveis — possui ainda propriedades no Caribe e uma casa de sete andares, avaliada em US$ 56 milhões, ao lado do Central Park, em uma das regiões mais sofisticadas de Manhattan.
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A história de glamour se transformou no sábado em um dos casos mais abjetos de exploração sexual infantil da história recente americana, quando Jeffrey Epstein
foi preso e, dois dias depois, acusado de operar uma rede de exploração sexual de meninas. De acordo com a polícia e os promotores, Epstein coordenou uma rede que pagava centenas de dólares para meninas irem até suas residências de luxo, em Nova York e na Flórida, e realizarem atos sexuais, ou para recrutar outras menores com a mesma finalidade. Foram apreendidas em sua mansão fotos de meninas nuas, menores de idade.
O caso é ainda mais grave porque o bilionário, que abriu sua própria empresa nos anos 1980 para administrar grandes fortunas, já tinha sido acusado de abusar de menores, na Flórida. Em 2008, ele fechou um acordo com a promotoria local, o que lhe garantiu penas menores — ficou menos de um ano preso, saindo diariamente para trabalhar.
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O responsável por esse abrandamento na Flórida foi o então promotor Alexander Acosta, atual secretário do Trabalho dos EUA. Não é apenas esse nome que liga Epstein ao presidente Donald Trump . Com a prisão de Epstein, veio à tona uma declaração de Trump em 2002 à revista New York: "Ele é incrível. Dizem que gosta de mulheres lindas assim como eu, e várias são jovens".
As ligações perigosas do bilionário Jeffrey Epstein , que também se relacionava com o ex-presidente Bill Clinton , põem à prova a complacência do establishment com criminosos influentes. Ela se esgota rapidamente, numa época em que movimentos como o #MeToo estão cada vez mais aguerridos.