O Irã anunciou que vai aumentar os níveis estabelecidos para o enriquecimento de urânio, quebrando o acordo de 2015 , que visava a conter suas ambições nucleares. O vice-ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, disse que o país ainda quer salvar o acordo, mas culpou os países europeus por não cumprirem seus próprios compromissos.
Leia também: Parlamentares franceses da oposição dizem 'não' a acordo entre Mercosul e UE
Os EUA retiraram-se unilateralmente do acordo em 2018. Desde então, o país restabeleceu uma série de sanções que afetam a economia do Irã .
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu , afirmou neste domingo (7) que o anúncio feito pelo Irã representa um "passo muito perigoso". Ele fez um apelo aos líderes da França , do Reino Unido e da Alemanha , que assinaram o acordo, para que imponham "duras sanções" à República Islâmica.
Israel continua denunciando as ações do Irã na região e se considera alvo do programa nuclear iraniano. Teerã garante que seu programa tem vocação puramente civil e que não pretende se dotar de arma atômica.
Netanyahu também disse, neste domingo, que Israel é contra a presença iraniana na Síria.
"Nós agimos contra o Irã. Façam vocês o que devem fazer", completou, dirigindo-se aos líderes europeus.
Leia também: Milhares de mães marcham em Hong Kong em apoio a estudantes
O anúncio iraniano marca a última violação do acordo. Recentemente, o país anunciou que aumentaria sua produção de urânio enriquecido , que pode ser usado para produzir combustível para reatores, mas também para armas nucleares. O país já armazenou urânio mais enriquecido do que o permitido pelos termos do acordo.
Mesmo assim, o Irã negou veementemente que tenha qualquer intenção de construir armas nucleares.