Brasileiros ficaram à deriva na Polinésia Francesa após acidente
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Brasileiros ficaram à deriva na Polinésia Francesa após acidente

Dois irmãos de Ubatuba, no litoral de São Paulo, estão à derivanas águas da Polinésia Francesaapós sofrerem um acidente e perderem o leme do veleiro. Celso Pereira Neto e Lucas Pereira se lançaram ao mar, em março de 2018, para dar a volta o mundona embarcação Katoosh. Na madrugada desta quarta-feira, eles contaram no Instagram que aguardam o mar acalmar para trocar a estrutura e tentar seguir a viagem. A previsão do tempo, segundo eles, é "horrível" até sexta-feira, quando tentarão instalar o leme reserva. Se não conseguirem, estão preparados para abandonar o barco.

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No post, intitulado "Pesadelo", os irmãos relatam que sentiram "um tranco muito forte" quando estavam a cerca de duas horas do próximo destino da expedição. Daí ouviram barulhos "que nunca tinham escutado" e perceberam que o cabo de aço que mantém o mastro do Katoosh em pé estava estourado. "Estamos sem leme!", gritou Neto, em seguida. Tentaram por três horas instalar o reserva, com medo de que o barco rumasse para as pedras, mas não conseguiram. O casco do veleiro , ao menos, estava intacto.

"Essa é uma das piores situações que podem acontecer em um veleiro! Ficar sem leme significa ficar à deriva , sem controle do barco, literalmente sendo empurrados para onde o vento quiser nos empurrar e, para piorar ainda mais, os ventos nos jogavam de encontro à ilha que estávamos indo!", relatou um dos irmãos no Instagram.

Ao jornal O Globo , o pai dos jovens, Celso Pereira Júnior, destacou que os filhos estão bem, mas em situação "desconfortável", com mar muito grosso e muito vento.

"Estão desconfortáveis porque está chacoalhando para burro, mas estão descansados, alimentados, tranquilos. Só estão realmente aguardando o mar melhorar. Há previsão de calmaria muito grande no sábado. Isso vai possibilitar eles tentarem colocar o leme reserva e ir para uma ilha próxima. Onde eles estão tem muitas ilhas próximas. Isso é o que torna um pouco mais perigosa a situação, porque estão com margem de manobra limitada", contou o pai, dono de uma pousada em Ubatuba.

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Segundo Celso Júnior, os filhos estão em uma região de mar de cerca de três mil metros de profundidade, o que não representa problema. Como os instrumentos do barco funcionam, com parte mecânica intacta, os dois podem engatar ré, andar para frente, sair de algum perigo, apesar de não conseguirem direcionar a embarcação. Há 16 meses no mar, Neto e Lucas já haviam ficado à deriva , mas nunca sem um leme.  "Ainda tem uns dois anos de viagem [pela frente]. Quem está no mar está sempre pegando uma ou outra tempestade, mar mais grosso, é uma situação normal. O anormal, que não está no script, é perder o leme. Mas eles têm um reserva. Agora é ter paciência. Estamos orando para que tudo fique bem. Não vai alterar os planos [da volta ao mundo], vai dar uma atrasadinha", disse o pai.

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