Manifestantes invadiram o Conselho Legislativo de Hong Kong nesta segunda-feira (1), aniversário da devolução da cidade ao controle chinês em 1997, em meio à revolta generalizada com leis que permitiriam extradições à China, aprofundando o caos na cidade.
Grupo pequeno, composto na maioria por estudantes que usavam capacetes e máscaras, usou um carrinho de metal, varas e pedaços de andaime para quebrar o vidro reforçado e avançar contra o complexo do governo.
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Alguns manifestantes entraram no edifício, mas não ficou claro quantos ainda estão em seu interior.
Policiais do batalhão de choque equipados com capacetes e bastões usaram spray de pimenta durante o impasse. Alguns ativistas retiraram barras de ferro que reforçavam partes do edifício do conselho.
Os manifestantes, alguns com filme plástico ao redor dos braços para proteger a pele em caso de uso de gás lacrimogêneo, voltaram a paralisar partes do polo financeiro asiático ao ocupar ruas que já haviam interditado com barreiras de metal.
Alguns ergueram barricadas com canos de ferro nas ruas de acesso para repelir a polícia e vasculharam ruas próximas em busca de grades.
A líder de Hong Kong, Carrie Lam, suspendeu o projeto de lei no dia 15 de junho, na esteira de alguns dos maiores e mais violentos protestos na ex-colônia britânica em décadas, mas não chegou a descartá-lo, como exigido pelos manifestantes.
Apoiada por Pequim, Carrie se aferra ao cargo em um momento de reação inédita contra o governo e uma série de protestos em massa que representam o maior desafio popular ao líder chinês, Xi Jinping, desde que ele chegou ao poder, em 2012.
"Este é o fim de Hong Kong. Se Carrie Lam continuar sendo nossa executiva-chefe, só vemos uma verdadeira escuridão adiante", disse uma dona de casa de 60 anos de sobrenome Lau, que tem um passaporte estrangeiro. "Então queremos lutar pelos jovens".
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Oponentes do projeto de lei de extradição, que permitiria que pessoas fossem enviadas à China continental para serem julgadas em tribunais controlados pelo Partido Comunista, temem se tratar de uma ameaça ao tão valorizado Estado de Direito de Hong Kong, e estão exigindo que ele seja descartado e que Carrie renuncie.
Pequim nega interferência, mas para muitos moradores de Hong Kong o projeto de lei de extradição é o passo mais recente de uma marcha implacável rumo ao controle chinês.