Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, chegaram a um acordo neste sábado (29) para retomar as negociações para um acordo comercial e iniciar uma nova trégua na guerra tarifária entre os dois países.
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Os líderes se reuniram por 80 minutos à margem da cúpula do G20 em Osaka, no Japão, poucos meses depois de Trump ter imposto uma sobretaxa alfandegária de 25% contra US$ 200 bilhões em produtos da China, que reagiu com tarifas de 20% a 25% contra US$ 60 bilhões em itens americanos.
"Por enquanto, não haverá novos aumentos de impostos, mas as negociações serão retomadas", disse Trump sobre a guerra comercial , anunciando que Pequim gastará "uma enorme quantia de dinheiro" para comprar produtos agrícolas e alimentos dos EUA.
Na última trégua, contudo, os dois países não conseguiram fechar um acordo comercial . Apesar disso, Trump fez outra concessão e afirmou que a Huawei, maior empresa chinesa de telecomunicações, poderá voltar a comprar de fornecedores americanos, "onde não houver grandes problemas com a segurança nacional".
A Casa Branca acusa a Huawei de ser um veículo de espionagem de Pequim, especialmente por sua participação em redes 5G, enquanto a China alega que o argumento da segurança nacional é apenas um disfarce para o protecionismo econômico de Trump.
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Coreia do Norte
O presidente dos EUA já está na Coreia do Sul e visitará neste domingo (30) a zona desmilitarizada com o Norte, cujo líder, Kim Jong-un, recebeu uma espécie de convite informal do magnata.
"Enquanto eu estiver lá, se o presidente Kim ler isso, eu o encontraria na fronteira, mesmo para apenas apertar sua mão", escreveu o mandatário americano no Twitter. A agência oficial do Norte, a KCNA, disse que a proposta é "interessante", mas que Pyongyang não recebeu nenhum "pedido formal".
"Não sei se Kim irá, mas eu estarei na zona desmilitarizada amanhã. Vejamos o que acontece", acrescentou Trump .