Suspeito de envolvimento no assassinato de um jornalista dissidente, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, também conhecido pela sigla "MbS", aparece com destaque na foto oficial da cúpula do G-20 em Osaka, no Japão.
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O líder "de facto" do país árabe foi colocado pela organização do G-20 no centro da imagem, entre o anfitrião Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, e seu grande aliado Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
Há apenas uma semana, a relatora das Nações Unidas (ONU) sobre execuções extrajudiciais, Agnes Callamard, disse que existem provas confiáveis do envolvimento de MbS no homicídio do jornalista Jamal Khashoggi .
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O repórter dissidente foi morto em outubro passado, no consulado da Arábia Saudita em Istambul, Turquia, aonde fora para retirar documentos de divórcio. Há relatos de que ele foi torturado e esquartejado dentro da sede diplomática, e seu corpo até hoje não foi encontrado.
Riad já forneceu diversas versões sobre o caso. Inicialmente, negou o falecimento, mas depois admitiu o assassinato, afirmando que havia sido um acidente causado por uma "briga corporal". Por fim, o país confirmou que o homicídio foi premeditado, porém descartando envolvimento do príncipe herdeiro, que tenta emplacar uma imagem de reformista em um dos regimes mais opressivos do mundo.
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Na apresentação de seu inquérito, Callamard pediu para os líderes do G-20 cobrarem da Arábia Saudita o reconhecimento de sua culpa no caso.