O tenente-coronel Adelmo de Sousa Carvalho Filho vai ser chefe da missão de paz dos militares brasileiros no Congo
Divulgação/Ministério da Defesa
O tenente-coronel Adelmo de Sousa Carvalho Filho vai ser chefe da missão de paz dos militares brasileiros no Congo

Treze militares das Forças Armadas brasileiras embarcam hoje (22) para a República Democrática do Congo, onde participam da MONUSCO (sigla em inglês), missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) na região.

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Os brasileiros foram chamados para atuar junto à Brigada de Intervenção (composta por 3 mil militares da África do Sul, Tanzânia e Malaui), no combate aos grupos armados e às doenças tropicais. O grupo vai atuar em Beni no leste do país, onde, de acordo com a ONU, existem 70 grupos armados em atividade.

Os militares brasileiros passaram por cursos no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) do Exército Brasileiro, fizeram exames físicos e médicos e receberam instruções sobre as regras da ONU no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB).

"Nosso maior objetivo é contribuir para o sucesso da missão. Queremos diminuir as atrocidades e mitigar o sofrimento do povo africano. Vamos tentar neutralizar os grupos armados", afirma o tenente-coronel Adelmo de Sousa Carvalho Filho, que atualmente serve no Comando Militar do Norte. "Pode ser que o Brasil envie até outro contingente. Trata-se de uma missão inédita da ONU", destaca.

O tenente-coronel já participou de outras missões de paz da ONU. Ele foi observador militar na Saara Ocidental e também trabalhou na Operação Acolhida.

O capitão-tenente Fuzileiro Naval Raphael Baptista Mattos dos Anjos também embarca para o Congo e destaca a oportunidade de troca de experiência com outros militares: "É uma oportunidade única de fazer intercâmbio com outras Forças Armadas . Conhecer outras culturas e ambientes de selva que a gente só vê na televisão", afirma o militar que serve no Batalhão Tonelero, uma das organizações de tropas especiais da Força Naval.

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MONUSCO

A MONUSCO foi estabelecida em agosto de 1999 como uma força para monitorar o cessar fogo assinado entre a República Democrática do Congo (RDC), um grupo rebelde e cinco estados regionais. Atualmente, a missão conta com 17 mil militares de diversos continentes, além de policiais, civis e agentes humanitários e é comandada pelo General Elias Rodrigues Martins Filho, do Exército Brasileiro, atual Force Commander da missão. 

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