Chefe dos direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet vai se encontrar com Guaidó e Maduro na Venezuela
Divulgação/ONU
Chefe dos direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet vai se encontrar com Guaidó e Maduro na Venezuela

A alta comissária de direitos humanos da ONU, Michelle Bachelet, fará uma visita oficial à Venezuela na semana que vem. Segundo um comunicado, Bachelet fará reuniões separadas
com o presidente Nicolás Maduro e o líder da oposição, Juan Guaidó. Ela permanecerá no país de quarta a sexta-feira.

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Bachelet também se encontrará com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça e o líder da Assembleia Constituinte (apoiado por Maduro), além de membros da Assembleia Nacional
da Venezuela , liderada pela oposição. Segundo o gabinete da alta comissária, Bachelet procurará ainda encontrar-se com "vítimas de violações de direitos humanos e de abusos",
sem dar mais pormenores sobre o roteiro da sua viagem.

Em pronunciamento ao Conselho de Direitos Humanos da ONU em março, Bachelet acusou forças de segurança venezuelanas, apoiadas por milícias pró-governo, de reprimirem protestos pacíficos com uso excessivo de força, mortes e tortura.

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Na mesma ocasião, a ex-presidente do Chile denunciou o assassinato de 37 pessoas pela Força de Ações Especiais da Polícia Nacional, tropa de choque usada na repressão política,
em janeiro, durante operações sem autorização judicial em regiões pobres de Caracas.

À época, Bachelet expressou preocupação com as "crescentes restrições à liberdade de expressão e de imprensa" e pediu uma solução política para a crise. Ela também manifestou
preocupação em relação às últimas sanções dos EUA contra as exportações do petróleo venezuelano, advertindo que elas poderão "contribuir para agravar a crise econômica".

"As divisões estão piorando uma situação já crítica", disse, referindo-se ao conflito político entre Guaidó e Maduro. 

Em janeiro, Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino. Mais de 50 países, inclusive o Brasil, já declararam apoio ao líder opositor.

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A crise da Venezuela se aprofundou desde que os Estados Unidos impuseram sanções ao país, numa tentativa de provocar a renúncia de Maduro. O colapso econômico resultou em
escassez generalizada de recursos e produtos e na saída de mais de quatro milhões de refugiados do país.

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