Família de brasileiros foi encontrada morta por inalação de gás que vazou em apartamento alugado no Chile
Reprodução/Facebook
Família de brasileiros foi encontrada morta por inalação de gás que vazou em apartamento alugado no Chile

Os corpos dos seis brasileiros  mortos em um apartamento no Chile serão trazidos ao Brasil nesta segunda-feira (3), doze dias depois da tragédia. Parentes viajaram a Santiago para reconhecer as vítimas, liberadas para o translado na tarde de sexta-feira. Segundo o tio de um dos seis turistas, Samuel Kruger, os corpos devem chegar a Florianópolis — terra natal de cinco deles — esta noite. 

Moradores de Biguaçu, na Grande Florianópolis, o pescador Fabiano de Souza, de 41 anos, a professora Débora Muniz Nascimento de Souza, de 38, e os dois filhos estudantes, Karoliny Nascimento de Souza e Felipe Nascimento de Souza, haviam viajado à capital do Chile para comemorar o aniversário da adolescente, que completaria 15 anos dois dias depois de sua morte. Com eles, celebravam Jonathas Nascimento Kruger, de 30 anos, e a mulher, Adriane Krueger, de 27, que viviam em Hortolândia, São Paulo. Jonathas era irmão de Débora e padrinho de Karoliny.

Segundo Samuel Kruger, tio de Adriane, as autoridades chilenas oficializaram à família que os parentes morreram intoxicados por monóxido de carbono após um vazamento de gás no apartamento. Ele foi um dos que viajou ao Chile para organizar a liberação dos corpos .

A plataforma AirBnB, pela qual a família alugou o imóvel na internet, se comprometeu a pagar pela viagem dos familiares das vítimas e pelo translado dos corpos de volta ao Brasil. A família ainda arrecadou pouco mais de R$ 17 mil em uma vaquinha online para custear os seis funerais.

Ainda nesta segunda-feira, os corpos de Adriane e Jonathas serão levados para a Igreja Adventista do Sétimo Dia do Estreito para uma cerimônia íntima com familiares. Jonathas era chefe do Departamento Pessoal do Instituto Adventista de Tecnologia. Mato-grossense de Alta Floresta, Adriane também era fiel à instituição religiosa.

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Na terça-feira, os seis brasileiros serão velados juntos no Ginásio de Esportes da Universidade Vale do Rio Doce (Univale), a partir de 8h30, segundo a Prefeitura de Biguaçu. Em seguida, serão sepultados no cemitério de São Miguel, no quilômetro 189 da BR-101, na Grande Florianópolis, por volta de 16h.

Tragédia familiar

Segundo a prima Noemi Fortunato Nascimento, a viagem estava programada há quase um ano. Karoliny ganhou o passeio de presente pelos 15 anos. Antes de passarem mal e perderem o contato com parentes, os brasileiros planejavam o retorno ao Brasil. Eles haviam recebido a notícia da morte da matriarca da família , Iete Isabel Muniz, em Santa Catarina, vítima de câncer. Iete Isabel era mãe de Débora e Jonathas, avó da debutante.

"Quando tudo estava acontecendo lá no Chile, nós estávamos velando a mãe deles aqui no Brasil. Eles iriam voltar para o velório", contou a prima Noemi Fortunato Nascimento, após a confirmação pública das mortes.

Os últimos posts de Débora nas redes sociais exaltavam o amor e a união da família. Fotos publicadas na web mostram passeios da família no Chile . No último contato, os parentes se queixaram de mal-estar, e um familiar no Brasil acionou o cônsul-adjunto brasileiro no Chile, que então foi ao apartamento com policiais. As janelas do imóvel estavam fechadas. Os bombeiros arrombaram a porta do apartamento e encontraram os corpos.

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A Superintendência de Eletricidade e Combustível (SEC) do Chile confirmou a agência de notícias France Presse que o prédio onde a família estava hospedada não tinha o "selo verde" — certificação concedida a instalações de gás que estão funcionando corretamente. A SEC abriu uma investigação para esclarecer de onde surgiu o vazamento no imóvel: do aquecedor, do forno ou do fogão a gás.

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