Os dois maiores partidos do Reino Unido prometeram, nesta terça-feira (28), trabalhar para romper o impasse sobre a saída do país da União Europeia (EU), esperando reconquistar os eleitores que os trocaram por um novo movimento liderado pelo líder eurocético Nigel Farage nas eleições europeias.
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Depois de uma noite desastrosa, em que as divisões profundas causadas pelo Brexit entre os britânicos ficaram explícitas, os conservadores governistas disseram que os resultados são uma exigência de que o país se separe da UE de qualquer maneira.
Adotando outra visão, o opositor Partido Trabalhista descreveu uma votação pública - uma nova eleição nacional ou um segundo referendo - como uma forma de reaproximar a nação.
Como o Partido do Brexit, de Farage, obteve o maior número de assentos no Parlamento Europeu, seguido por um grupo de partidos fervorosamente pró- UE , conservadores e trabalhistas estão sendo pressionados a se comprometerem claramente com os lados opostos do debate.
Quase três anos depois de uma pequena maioria do Reino Unido votar a favor da saída do bloco, e pouco menos de dois meses depois da data de saída original, os parlamentares ainda estão argumentando como, quando ou mesmo se o país romperá com o clube ao qual se uniu em 1973.
Novo líder
Entre os conservadores
, que indicarão um novo líder até o final de julho, muitos dos concorrentes verão o resultado da votação europeia como prova de que precisam de uma ruptura mais radical com a UE. Já o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, sofrerá mais pressão para postular um segundo referendo sem condicionais.
Mas o que ficou claro para ambos, em uma votação que para muitos foi uma forma de protesto, foi que o Brexit, que já forçou a primeira-ministra, Theresa May, a anunciar que renunciará em 7 de junho por não ter concretizado a desfiliação, cria o risco de acabar com suas perspectivas eleitorais.
O ministro do Interior britânico , Sajid Javid, um de vários conservadores que esperam substituir May , descreveu o desempenho de seu partido na eleição como "imensamente decepcionante".
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O chefe de finanças dos trabalhistas, John McDonnell, também disse que é hora de união, mas ofereceu uma solução diferente: uma "votação pública" para ajudar a esclarecer o que a maioria dos britânicos espera para o caminho à frente.
Depois que May anunciou , na sexta-feira, que está saindo depois de três tentativas fracassadas de obter a aprovação parlamentar para seu plano de saída da UE, muitos dos que cobiçam seu cargo disseram querer que o país deixe o bloco com ou sem um acordo de transição sobre a nova data de saída, 31 de outubro.