Em meio a tensões com os Estados Unidos, o presidente do Irã, Hassan Rohani, defendeu que poderá realizar um referendo público sobre o programa nuclear de Teerã, informou neste domingo (26) a agência estatal Irna .
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Se o programa nuclear for aprovado no referendo, o governo iraniano poderia conseguir cobertura política para aumentar seu enriquecimento de urânio, proibido pelo acordo nuclear de 2015.
De acordo com o presidente, o método "pode tirar o país de um beco sem saída e abrir o caminho". Rohani também afirmou que sugeriu em 2004 um referendo sobre o tema ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, mas apesar dele ter concordado, a eleição de Mahmoud Ahmadinejad o fez continuar por outro caminho.
No encontro com os editores dos principais jornais iranianos, Rohani acrescentou que é necessário "acabar com a guerra econômica o mais rápido possível, porque todo o sofrimento recai sobre o povo".
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O chefe de Estado também convidou a imprensa a "estudar cuidadosamente" o artigo 134 da Carta Magna, segundo o qual é o presidente quem "determina os programas do governo e aplica as leis".
Nos últimos dias, Khamenei criticou publicamente Rohani e seu ministro das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, por repetidamente buscar o acordo nuclear de 2015, do qual os Estados Unidos se retiraram no ano passado.
Além de defender a realização do referendo , o Irã enviou cartas para os líderes do Japão, Reino Unido, China e das nações da União Europeia informando sua decisão.
"Se os cinco países se juntarem às negociações e ajudarem o Irã a alcançar benefícios no campo petrolífero e bancário, o Irã retomará os compromissos assumidos no acordo nuclear", afirmou Rohani.
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Segundo o acordo, Teerã pode manter um programa nuclear que produza reservas que não ultrapassem mais de 300 quilos de urânio de baixo índice de enriquecimento. No entanto, o número é muito inferior aos 10 mil de urânio enriquecido que já possui.