Nesta sexta-feira (17), o Kremlin anunciou que irá responder às novas sanções impostas pelos Estados Unidos contra cinco indivíduos e uma entidade da Rússia acusados de violações dos direitos humanos. Segundo Moscou, as retaliações serão consistentes com seus interesses nacionais.
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A diplomacia americana acusa os sancionados de responsabilidade 'por graves violações dos direitos humanos, incluindo o assassinato do líder da oposição na Rússia Boris Nemtsov e tortura e execuções extrajudiciais de pessoas LGBT na Chechênia'.
Boris Nemtsov, vice-primeiro-ministro no governo de Boris Yeltsin e importante opositor de Vladimir Putin , foi morto a tiros em uma ponte ao lado do Kremlin em 2015.
As restrições americanas vieram poucos dias após o encontro entre Putin e o secretário de Estado americano Mike Pompeo . Durante a reunião, as duas partes manifestaram a intenção de buscar uma melhora nas relações, mas as conversas mostraramprofundas divergências nas crises no Irã , na Síria, na Venezuela ou no tema da interferência política .
As medidas americanas foram divulgadas pelo Departamento de Estado durante a apresentação ao Congresso do seu relatório anual sobre a chamada lei "Magnitsky", que proíbe a entrada em território americano e congela bens nos Estados Unidos de cidadãos e entidades acusadas de violar os direitos humanos.
A legislação foi introduzida após a morte do informante Serguei Magnitsky na cadeia em 2009. À época, o caso enfatizou a preocupação internacional com os direitos civis na Rússia.
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Entre os indivíduos visados pelas sanções está Ruslan Gueremeiev, uma autoridade chechena próxima a Ramzan Kadyrov, que enfrenta acusações por seu envolvimento na morte de Nemtsov.
Em sua conta do Telegram, Kadyrov viu nessas sanções, que também visam uma unidade da intervenção policial chechena, 'provas claras de que os Estados Unidos têm medo de nós'.
As autoridades americanas também acusam outras duas pessoas — Gennady Karlov e Elena Trikulia — de esconderem fatos sobre a morte e a detenção de Serguei Magnitsky.
'Quase 10 anos depois de sua morte, continuamos preocupados com a impunidade por este e outros crimes violentos contra ativistas, jornalistas, denunciantes e oposição política', escreveu em comunicado Morgan Ortagus, porta-voz do Departamento de Estado americano.
Ortagus também relatou "uma atmosfera intensa de intimidação para aqueles que trabalham para expor a corrupção ou violações de direitos Humanos na Federação Russa".
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Em declaração, a embaixada da Rússia nos Estados Unidos disse que 'essas ações serão seguidas por medidas recíprocas' e afirmou que 'essas decisões não-construtivas vão claramente de encontro às perspectivas positivas das recentes conversas em Sochi'.