Equipe de Donald Trump estudou processos de imigração em países como Canadá e Japão para elaborar proposta
Divulgação/White House
Equipe de Donald Trump estudou processos de imigração em países como Canadá e Japão para elaborar proposta

O presidente dos EUA, Donald Trump, pretende apresentar nesta quinta-feira (16) um plano para endurecer o processo de imigração legal no país, exigindo maior proficiência em inglês e capacitação profissional dos candidatos.

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De acordo com os integrantes do governo, o plano visa maior segurança e arrecação de dinheiro. Segundo o projeto de Trump , quem tem maior domínio do idioma, diplomas e treinamento profissionais e ofertas de emprego terão preferência na obtenção do visto.

O projeto também prevê dificultar a imigração ilegal, com a construção de mais trechos do polêmico muro na fronteira com o México e inspeções mais rigorosas de bens e pessoas em portos de entrada no país, também de olho no tráfico de drogas. Para pagar pelo muro e o aumento da segurança, Trump vai propor uma elevação das taxas cobradas nos postos fronteiriços.

Pelo plano do presidente, a imigração legal nos EUA seria mantida à taxa de 1,1 milhão de pessoas por ano, mas com prioridade para os imigrantes como alta capacitação profissional e poucos familiares, disseram autoridades do governo em reunião prévia com jornalistas na Casa Branca.

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A proposta, tem poucas chances de aprovação, mas dará aos republicanos uma base para apresentar suas propostas e visões sobre imigração de olho nas eleições presidenciais e legislativas de novembro de 2020, quando o tema deverá ser importante ponto de debate.

"Nosso objetivo é, no curto prazo, assegurar que estamos apresentando a política do presidente no que ele quer em termos de reforma da imigração, e queremos ver se conseguimos unir o Partido Republicano em torno destes dois pilares, que achamos ser um ponto de vista muito, muito lógico, e muito consensual", disse uma das autoridades da Casa Branca.

O projeto, no entanto, não aborda questões prementes no debate sobre imigração nos EUA, como o forte aumento no número de pessoas cruzando a fronteira com o México, nem menciona os chamados “sonhadores”, filhos de imigrantes ilegais ou sob proteção temporária de deportação, ambos assuntos prioridade para a oposição democrata no Congresso.

No lugar disso, a equipe do presidente analisou os sistemas de imigração de países como Canadá, Japão, Austrália e Nova Zelândia em busca de indicações de como tornar a política americana mais atrativa para profissionais qualificados e menos para famílias.

Depois de estudar os sistemas destes países, eles descobriram que apenas 12% da migração para os EUA era baseada em empregos e qualificação profissional, contra 63% no Canadá, 57% na Nova Zelândia, 68% na Austrália e 52% no Japão.

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Trump também vai propor a extinção do sistema de loteria voltado para a diversidade, que dá a candidatos de países com baixas taxas de migração se mudarem para os EUA, e permitirá que 57% dos chamados green cards, que garantem a residência e trabalho legais de estrangeiros nos EUA, sejam concedidos por questões de trabalho.

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