Serviço secreto prende "braço-direito" de Guaidó; UE pede libertação imediata Por iG Último Segundo - com informações da Agência Brasil | 09/05/2019 07:13:54 Home iG › Último Segundo › Mundo Em sua conta no Twitter, Edgar Zambrano disse que os agentes cercaram o carro em que ele estava e o guincharam até o Helicoide (prisão do Sebin) Foto: Reprodução/Twitter Em sua conta no Twitter, Edgar Zambrano contou o passo a passo de sua prisão Leia também: Após anúncio sobre acordo nuclear, EUA impõem novas sanções ao Irã A confirmação foi feita pelo próprio Zambrano - número 2 de Juan Guaidó na Assembleia Nacional da Venezuela -, em sua conta no Twitter. A pedido do TSJ, a Constituinte suspendeu sua imunidade parlamentar. Fuimos sorprendidos por el SEBIN, al negarnos salir de nuestro vehículo, utilizaron una grúa para trasladarnos de manera forzosa directamente al Helicoide. Los demócratas nos mantenemos en pie de lucha. — Edgar Zambrano (@edgarzambranoad) May 8, 2019 Ele disse que foi surpreendido pelo Sebin e, como se negou a sair do carro, usaram um guincho para transportá-lo, de maneira forçada, diretamente ao Helicoide (prisão do Sebin). "Nós democratas vamos continuar a lutar", afirmou. Leia também: Venezuela tem mais de 2 mil presos políticos em 2019, diz ONG Em outra mensagem, publicada na mesma rede momentos antes, o deputado alertou o povo da Venezuela de que se encontrava dentro do seu carro, na sede do partido, a Ação Democrática, em La Florida. UE pede "libertação imediata" A União Europeia (UE) pediu nesta quinta-feira a "libertação imediata" do braço-direito do líder opositor Juan Guaidó. Os Estados Unidos condenaram a "detenção arbitrária" e advertiram o governo de que haveria "consequências" se o parlamentar não fosse libertado. Zambrano é um dos dez deputados contra os quais o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) ordenou um julgamento por envolvimento na revolta de um grupo de militares, em 30 de abril, sob a liderança de Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela. "A prisão do vice-presidente da Assembleia Nacional, Edgar Zambrano, a polícia secreta da Venezuela, é outro flagrante violação da Constituição do país", denunciou o porta-voz das Relações Externas da UE, Maja Kocijancic, em comunicado. "É um ato que obedece a motivos políticos para silenciar a Assembleia Nacional." A UE pediu "respeito" aos direitos civis e à imunidade parlamentar de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo seu presidente, Guaidó. O bloco europeu advertiu Maduro que reagirá, "por meio de diferentes instrumentos políticos, contra a continuidade da erosão das instituições democráticas, do estado de direito e dos direitos humanos" na Venezuela. Em mensagem publicada na conta do Twitter da embaixada americana em Caracas, fechada desde a escalada de tensão entre os dois países, Washington exigiu a libertação de Zambrano e descreveu a prisão como "ilegal e indesculpável". La detención arbitraria del diputado @edgarzambranoad por las fuerzas de seguridad opresoras de Maduro en Venezuela es ilegal e inexcusable. Maduro y sus cómplices son los responsables directos de la seguridad de Zambrano. Si no es liberado de inmediato, habrá consecuencias. — Embajada Virtual de los EE.UU., Venezuela (@usembassyve) 9 de maio de 2019 "Maduro e seus cúmplices são responsáveis diretos pela segurança de Zambrano. Se não for liberado de imediato, haverá consequências", disseram os EUA . O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pediu a libertação de Zambrano e respeito aos demais parlamentares da Assembleia Nacional. "Chega de perseguição política da ditadura da Venezuela !", ressaltou Almagro. Além de Zambrano , o TSJ acusa de traição à pátria os parlamentares Freddy Superlano, Sergio Vergara e Juan Andrés Mejía, Luis Florido, Henry Ramos Allup, Richard Blanco, Marianela Magallanes, Simón Calzadilla e Amerigo De Grazia. Os deputados opositores apoiaram o levante de 30 de abril, deflagrado diante da base aérea de La Carlota, em Caracas. Confrontos naquele dia e no dia seguinte entre manifestantes e policiais deixaram seis mortos e mais de 200 detidos, segundo o procurador-geral do país, Tarek William Saab. A deputada Mariela Magallanes se refugiou na residência do embaixador da Itália em Caracas, enquanto seus colegas se afastaram de atividades públicas. "O medo não vai nos deter. É a única estratégia que resta a um regime sem respostas ao povo (...). Só lhes resta gerar o medo", afirmou Guaidó nesta quarta-feira em entrevista à AFPTV, em La Guaira, a 30 quilômetros de Caracas. Link deste artigo: https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2019-05-09/servico-secreto-da-venezuela-prende-vice-presidente-do-parlamento.html