O Hamas e a Jihad Islâmica retomaram neste domingo (5) o lançamento de mísseis contra Israel, fazendo as sirenes de alarme soarem na cidade de Ashkelon e em outras zonas vizinhas à Faixa de Gaza.
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Um disparo de morteiro atingiu o pátio de uma casa em um vilarejo de Israel de fronteira, mas não deixou vítimas. Segundo as Forças Armadas do país judeu, os grupos palestinos já lançaram mais de 600 mísseis neste fim de semana, sendo que 86% foram interceptados pelo sistema de defesa Iron Dome.
Em resposta, Israel bombardeou 200 alvos do Hamas e da Jihad Islâmica e enviou duas brigadas para a fronteira, às quais podem ser dadas "missões ofensivas", ou seja, dentro do território de Gaza.
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"Dei instruções para as Forças Armadas continuarem com os ataques contra elementos terroristas em Gaza. O Hamas é responsável não apenas por seus ataques, mas também por aqueles da Jihad Islâmica, e pagará um preço muito alto", ameaçou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Um dia antes, um porta-voz militar havia dito o contrário, que a Jihad Islâmica havia iniciado os ataques e puxado consigo o Hamas. Até o momento, os mísseis palestinos mataram pelo menos quatro israelenses, todos eles civis.
Já em Gaza o balanço é de 21 vítimas, incluindo membros do Hamas e da Jihad Islâmica, uma bebê de 14 meses e duas mulheres grávidas - Israel diz não ter responsabilidade por essas três últimas mortes e culpa defeitos em armas de palestinos.
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Entre os militantes que morreram está um alto comandante do Hamas, Hamed al-Hundari, morto em um ataque mirado das forças de Israel enquanto estava a bordo de um carro em Gaza com outras três pessoas.
Segundo o porta-voz militar israelense, Hudari representava a "infiltração iraniana" no território palestino.
Reações da ONU
O enviado especial das Nações Unidas (ONU) para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, condenou o "contínuo lançamento de mísseis de Gaza". "Já perdemos muitas vidas de palestinos e israelenses. Pessoas foram feridas, casas foram danificadas e destruídas. É hora de reduzir a escalada", disse.
Já a alta representante para Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, cobrou a interrupção "imediata" dos "ataques indiscriminados de militantes palestinos". "Expressamos nossas condolências às famílias de todas as vítimas e ao povo israelense", declarou.
Essa é a mais grave escalada da tensão na Faixa de Gaza desde a guerra de 2014 entre Israel e Palestina, que deixou mais de 2,2 mil mortos.