O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quinta-feira (2) que, "olhando agora", é possível julgar que o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, não tomou a melhor decisão ao convocar a população a ir para as ruas para derrubar o presidente Nicolás Maduro, dois dias atrás.
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Questionado se o líder opositor foi precipitado ao anunciar um apoio de militares que não se confirmou, Mourão ponderou que não teve acesso aos dados de que o venezuelano dispunha na manhã de terça-feira.
"Olha, eu não estou no sapato dele. Eu não sei quais os dados que ele tinha para essa decisão que ele tomou. A gente especula que ele não sei se estava com medo de ser preso ou se alguns elementos das forças armadas tinham prometido determinados apoios. Olhando agora, a gente julga que não foi a melhor dele. Mas é o processo que está acontecendo lá na Venezuela ", declarou o vice-presidente, na chegada ao seu gabinete, no anexo do Palácio do Planalto.
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Ao ser indagado se o governo brasileiro continua na postura de observar os acontecimentos no país vizinho, Mourão se referia às declarações do presidente Jair Bolsonaro durante reunião na manhã de quarta, com ministros e comandantes das Forças Armadas, na sede do Ministério da Defesa. Segundo ele, "aguarda-se os acontecimentos".
Falando sobre as medidas adotadas pelo governo brasileiro para garantir o fornecimento de energia em Roraima, estado que faz fronteira com a Venezuela, o vice declarou que "o único plano" é colocar combustível para fazer as termelétricas funcionarem, o que segundo ele já está sendo feito e foi anunciado pelo governador Antonio Denarium (PSL-RR).
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Mourão foi questionado ainda se o governo trabalha com o risco de aumento súbito do número de imigrantes da Venezuela para o Brasil. "Só se chegar a uma guerra civil ou algo do gênero. Por enquanto, tivemos um fluxo grande ali na terça-feira, mas depois já retornou ao normal".