Autodeclarado presidente encarregado Juan Guaidó com o ministro brasileiro Ernesto Araújo
Divulgação/Itamaraty
Autodeclarado presidente encarregado Juan Guaidó com o ministro brasileiro Ernesto Araújo

Um dia antes de o autoproclamado presidente interino da Venezuela , Juan Guaidó , anunciar ter o apoio de militares para pôr fim ao regime de Nicolás Maduro , o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo , esteve em Washington, onde conversou com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo , e o assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton.  

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O tema da visita foi Venezuela e, de acordo com autoridades brasileiras, Araújo relatou que o governo Bolsonaro foi informado por Guaidó, na própria segunda-feira, que unidades militares inteiras haviam concordado em apoiá-lo para tirar Maduro da presidência.

A visita de Araújo a Washington havia sido divulgada discretamente na agenda do Itamaraty.A avaliação do governo brasileiro é que as chances de Guaidó vencer a disputa com Maduro , que começou em janeiro deste ano, são cada vez mais concretas.

Segundo fontes ligadas ao Palácio do Planalto e à área diplomática, esse "leve otimismo" se deve a contatos extraoficiais do governo brasileiro com fontes militares venezuelanas. Essas conversas, que vêm ocorrendo nas últimas semanas com mais intensidade,  tinham como meta estabelecer uma relação de confiança para a fase pós-Maduro, caso as Forças Armadas concordassem em mudar de lado.

Nos encontros com Bolton e Pompeo, Ernesto Araújo relatou como estavam as negociações e, de acordo com um graduado integrante do governo brasileiro, procurou "acalmar os ânimos dos americanos", que voltaram a falar em intervenção militar para derrubar Nicolás Maduro.

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Enquanto o Palácio do Planalto e o Itamaraty acompanham os desdobramentos em Caracas, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro,  está neste momento em Pacaraima (RR), em visita a membros da Operação Acolhida, cuja função é receber imigrantes venezuelanos.

Acompanhado de parlamentares da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, Eduardo Bolsonaro teria dito a interlocutores que aguarda "boas notícias e talvez a oportunidade de comemorar do outro lado da fronteira".

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