O porta-voz do governo, Rajitha Senaratne, afirmou nesta segunda-feira (22) que relatórios do serviço de inteligência do país indicavam que os ataques poderiam ocorrer. Os documentos que previam os atentados estavam prontos 14 dias antes do fato se consumar. O porta-voz, no entanto, ressaltou que o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, e seu gabinete não estavam a par dessas informações.
“Não estamos tentando fugir da responsabilidade, mas esses são os fatos. Ficamos surpresos ao ver esses relatórios”, declarou o porta-voz do governo do Sri Lanka ao jornal britânico The Guardian .
Leia também: Nova explosão é registrada no Sri Lanka, após onda de atentados no fim de semana
Nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques, mas o governo atribui as ações ao grupo islâmico National Thowheeth Jama'ath (NTJ). De acordo com Rajitha Senaratne, a preparação dos ataques terroristas teria contado ainda com o apoio de uma rede internacional. "Não acreditamos que esses ataques tenham sido executados por um grupo de pessoas confinado a este país. Houve uma rede internacional sem a qual esses ataques não poderiam vingar", disse Senaratne.
Segundo um comunicado oficial, o presidente Maithripala Sirisena vai pedir ajuda internacional para traçar as ligações dos atacantes. "Relatórios de inteligência indicam que organizações terroristas internacionais estão por trás dos terroristas locais", afirma o comunicado.
Leia também: Sobe para 290 o número de mortos nos atentados de ontem no Sri Lanka
A polícia do Sri Lanka prendeu 24 pessoas suspeitas de ligação com os atentados e o governo declarou estado de emergência a partir de meia-noite desta segunda (14h de domingo no Brasil).