Ao fim de uma semana marcada pelo incêndio na Catedral de Notre-Dame, simpatizantes do movimento gilets jaunes, (coletes amarelos), tomaram as ruas de Paris e de outras cidades da França para mais um protesto neste sábado (20). Desta vez, eles deram um ultimato ao presidente Emmanuel Macron.
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Esta foi a 23ª manifestação consecutiva do movimento, que desde o fim de 2018 tem sido um dos obstáculos para o governo do Emmanuel Macron . Manifestantes também criticaram doações milionárias à Notre-Dame com citações como "mas e os pobres?".
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O presidente francês deveria ter feito o anúncio de uma série de reformas econômicas e sociais na última segunda-feira (15), mas teve de adiar devido ao incêndio na catedral, ocorrido na mesma data.
As autoridades francesas prepararam um esquema de segurança para o protesto, com 60 mil agentes em todo o país, sendo cinco mil somente na capital. Estações de metrô foram fechadas e várias áreas de Paris foram isoladas, como a Avenida Champs-Élysées.
Os coletes amarelos realizaram quatro cortejos pela capital, sob um grande clima de tensão que levou a confrontos entre manifestantes e policiais. Alguns dos manifestantes e black blocs colocaram fogo em canteiros, saquearam lojas e danificaram automóveis.
Dezenas de scooters foram incendiadas na região da Place de la Republique e do boulevard Richard Lenoir. Em resposta, os policiais lançaram bombas de efeito moral. Ao menos 126 pessoas foram presas na capital francesa.
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Alguns cortejos protesto, além de criticar o presidente Macron, abordavam as doações milionárias à Notre-Dame com slogans como: "milhões para a Dame, mas e os pobres?".
Com informações da ANSA
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