Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o presidente do Chile, Sebastián Piñera, conversaram sobre a situação da Venezuela
Reprodução/Twitter/SecPompeo
Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o presidente do Chile, Sebastián Piñera, conversaram sobre a situação da Venezuela

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, atacou a interferência de China e Rússia na Venezuela, acusando os dois países de sustentarem financeiramente o governo de Nicolás Maduro. Ele ainda classificou a presença militar russa no país como uma “óbvia provocação”, nesta sexta-feira (12), primeiro dia de sua visita à região.

"China e outros estão sendo hipócritas ao pedir a 'não intervenção' nas questões da Venezuela", afirmou Pompeo em discurso em Santiago, Chile, primeira parada de seu giro de três dias pelo continente, que inclui escalas no Paraguai, Peru e na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela . "Suas próprias intervenções financeiras ajudaram a destruir o país", acrescentou.

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Recebido no Palácio de La Moneda pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, e posteriormente na chancelaria por seu titular, Roberto Ampuero, Pompeo defendeu as sanções impostas pelo seu país à Venezuela, afirmando que os Estados Unidos não são o “elemento maligno” na crise econômica e política da nação sul-americana, respondendo às críticas de que elas provocam falta de comida, medicamentos e outros itens básicos que apenas prejudicam o povo venezuelano.

"Creio que eles (os críticos das sanções) entendem quem é o elemento maligno aqui, e acredito que eles verão que todos os países na região, inclusive dos Estados Unidos, estão realmente tentando ajudar", disse.

"Existe um reconhecimento profundo de que este é um problema que dura anos e anos e com o resultado quase exclusivo de Maduro entregar as chaves do país a Cuba, e esse não é o tipo de sujeito que você quer que participe de uma conversa sobre como levar a democracia adiante."

Pouco depois do discurso de Mike Pompeo , o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou nova rodada de sanções contra empresas que fazem negócios com a Venezuela. Na lista estão três companhias de navegação sediadas na Libéria e uma na Itália, além de nove navios delas, alguns dos quais usados no transporte de petróleo venezuelano para Cuba, outro país rival dos EUA na região.

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“Continuaremos a mirar empresas que transportam petróleo venezuelano para Cuba, pois elas estão lucrando enquanto o regime de Maduro pilha recursos naturais”, reiterou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, em um comunicado. “O petróleo da Venezuela pertence ao povo da Venezuela, e não deve ser usado como ferramente de barganha para sustentar ditadores e prolongar a opressão", completou.

Pompeo segue ainda nesta sexta-feira para o Paraguai, na primeira visita de um secretário de Estado americano ao país desde 1965, gesto que analistas dizem destacar o compromisso dos EUA com a América do Sul, que ele pediu continuar trabalhando pela saída de Maduro do governo venezuelano.

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"Os EUA e seus aliados não vão desistir desta luta e continuarão apoiando os corajosos venezuelanos que estão lutando pela democracia em seu próprio país", salientou o secretário de Estado americano. "Continuaremos a isolar Maduro", finalizou, a respeito da Venezuela .

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