Com mais de 99% dos 4 milhões de votos apurados em Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, obteve a vitória com 26,27%, enquanto em segundo lugar ficou o general Benny Gantz, ex-ministro da Defesa, que conquistou 25,95%. Nestas releições, 64,6% dos 6,3 milhões de eleitores participaram.
A vitória de Netanyahu o coloca como um recordista no cargo, ocupando-o pela quinta vez. A conquista se deve à coalizão dos partidos religiosos e conservadores com o Likud (partido político de Israel, que congrega o centro-direita e a direita conservadora). “Agradeço aos cidadãos de Israel por sua confiança”, disse nas redes sociais.
O principal opositor do Partido Azul e Branco (cores da bandeira de Israel), de centro, liderado por Gantz, também se considera vitorioso devido à pequena margem de diferença entre ambos. Os eleitores foram às urnas para escolher os parlamentares do Knesset (Parlamento), que tem 120 lugares.
Nos últimos dias da campanha, Netanyahu se comprometeu a anexar partes da Faixa de Gaza ocupada. A iniciativa encerra a perspectiva de paz com os palestinos.
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"Estou muito emocionado. Essa é a madrugada de uma vitória imensa. O povo de Israel me confirmou sua confiança pela quinta vez", disse o primeiro-ministro de Israel em um discurso para seus apoiadores em Tel Aviv, acompanhado de sua esposa, Sara.
Para conquistar o feito, o premiê superou inúmeros escândalos e reforçou seu apelo ao eleitorado conservador. Inclusive, ele aderiu à promessa de anexar assentamentos judeus na Cisjordânia, o que, na prática, pode inviabilizar a paz com os palestinos.
"Infelizmente, os israelenses votaram em candidatos empenhados em manter o status quo da ocupação, anexação e expropriação da Palestina", disse uma expoente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Hanan Ashrawi, acrescentando que Israel elegeu um "Parlamento da direita racista e xenófoba".
Com a vitória de Netanyahu , espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresente seu plano de paz para o Oriente Médio, embora os palestinos não reconheçam mais a Casa Branca como mediadora do conflito, em função do reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.
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Benjamin Netanyahu é um dos afetos do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Em março deste ano, inclusive, o brasileiro foi a Israel, onde foi recebido como convidado ilustre. Essa foi a segunda viagem internaiconal de Bolsonaro, que foi aos Estados Unidos ainda no mês passado.