O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, divulgou imagens da destruição provocada pelo ciclone Idai
Reprodução/Facebook presidente Filipe Nyusi
O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, divulgou imagens da destruição provocada pelo ciclone Idai

As autoridades de Moçambique afirmaram nesta quarta-feira (27) que há um surto de cólera na cidade de Beira, que foi 90% destruída pela passagem do ciclone Idai. Segundo o governo local, até o momento cinco casos foram confirmados.

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De acordo com a Direção Nacional de Saúde, as mortes ocorreram no bairro da Munhava, o mais populoso de Beira, que fica na província de Sofala. O receio agora é que, após esses casos de cólera confirmados em laboratório, a doença se espalhe entre as vítimas do ciclone Idai .

"Terá mais, porque cólera é uma pandemia. Quando há um caso, podemos temer outros. Estamos pondo em marcha medidas preventivas para limitar o impacto", disse o diretor nacional de Saúde, Ussein Isse, em entrevista coletiva em Beira.

A doença se espalha pela contaminação de água ou comida por fezes. Boa parte de Moçambique ficou debaixo de água em função das tempestades que assolaram o país durante e após a passagem do ciclone Idai, tornando o ambiente propício para proliferação da doença. Cólera pode mata em poucas horas caso não haja tratamento.

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Cerca de 2.700 casos de diarreia – um dos sintomas de cólera – já foram identificados na região, mas ainda estão sendo investigados.

Além disso, as autoridades de Moçambique também consideram a possibilidade de outras doenças se alastrarem no país. Tifo e malária estão entre as que mais preocupam.

No início da semana, o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Moçambique, Celso Correia disse que “é importante termos consciência de que vamos ter cólera, malária, já temos elefantíase, e vai haver diarreias. O trabalho está sendo feito para mitigar [os surtos]”. Na ocasião, Correia também anunciou a criação de um centro de tratamento da doença.

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Moçambique luta para sobreviver aos impactos da passagem do ciclone Idai , que afetou cerca de 1,85 milhão de pessoas e provocou a devastação de vilarejos inteiros, causando mortes e isolando pessoas. De acordo com o último balanço divulgado, 460 pessoas morreram só em Moçambique e 226 entre Zimbábue e Malaui. As previsões são de que o número de mortos deve chegar a mil.

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