Avião russo que desembarcou em Caracas, na Venezuela, teria feito uma parada na Síria
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Avião russo que desembarcou em Caracas, na Venezuela, teria feito uma parada na Síria

Em meio a crescentes tensões para que o presidente Nicolás Maduro deixe o cargo na Venezuela, o Ministério da Defesa da Rússia enviou aviões de transporte militar e mais de 100 soldados para Caracas. Segundo agências de notícias internacionais, o chefe do Estado-Maior Geral das Forças Terrestres, coronel Vasily Tonkoshkurov, estava em um dos aviões. Cerca de 35 toneladas de equipamentos também chegou ao país.

Um site que acompanha voos mostrou que dois aviões deixaram um aeroporto militar na Rússia com direção a Caracas, na sexta-feira (22), e outra página que faz o mesmo serviço mostrou que um avião deixou Caracas no domingo (24). Não está claro, ainda, o motivo da chegada dos aviões na Venezuela .

De acordo com o site Flightradar 24, os aviões que chegaram em Caracas eram um jato com passageiro Ilyushin IL-62 e um avião militar de carga Antonov AN-124 que saíram na sexta-feira do aeroporto militar russo Chkalovsky, parando no caminho na Síria.

O desembarque ocorre três meses depois de as duas nações realizarem exercícios militares em solo venezuelano, acontecimento classificado pelos Estados Unidos como invasão russa na região.

Washington está liderando um esforço para o reconhecimento do autoproclamado presidente venezuelano, Juan Guaidó, que lidera a Assembleia Nacional. Ele já é apoiado por mais de 50 países, inclusive o Brasil.

Enquanto isso, Maduro conta com forte apoio da Rússia . Em dezembro, dois bombardeiros russos pousaram em solo venezuelano a fim de realizar testes militares conjuntos.

O Aeroporto Internacional de Maiquetía Simón Bolívar, nos arredores de Caracas, foi o local escolhido pela Rússia para realizar o pouso de quatro aeronaves – entre elas, dois bombardeiros estratégicos Tupolev 160 (Tu-160) capazes de transportar armas nucleares. Além dos aviões, mais de cem funcionários do governo russo também viajaram ao país.

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Venezuela  não é o primeiro país da América do Sul a construir laços militares e aumentar as tensões geopolíticas no continente. Em junho, a Colômbia foi aceita na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), tornando-se ‘sócio global’ e sendo o primeiro país latino-americano a fazer acordo com a aliança militar do Ocidente.

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